domingo, 12 de dezembro de 2010

A neuropedagogia é baseada na união de novas técnicas de ensino com a inteligência. O método pode ser eficaz em muitos casos.



Atualmente, as crianças recebem informação o tempo todo e convivem em um mundo de telas, cheio de mensagens midiáticas e audiovisuais. Para o autor de livros sobre comunicação, Joan Ferrés, doutor em Ciência da Informação, da Universidade Pompeu Fabra, de Barcelona, é importante saber a linguagem midiática. Segundo Ferrés, é papel da escola ensinar aos alunos o que de bom proveito é exibido na TV; pois “os pais não saberão ensinar algo que não entendam”.

A escola foi um dos meios culturais que menos desenvolveu, com o passar do tempo. A economia teve um grande crescimento nos anos 90, época que se tornou conhecida como a "década do cérebro". E, se a educação não tem mudado, nos últimos anos, uma das propostas desse autor é a Neuropedagogia, que consiste na união de novas técnicas de ensino com o cérebro humano. A questão levantada por Ferrés é: Se a economia foi submetida a uma mudança radical, e conseguiu evoluir, porque o mesmo processo não ocorre com a educação?

Um dos meios de comunicação que mais sabe como atingir as emoções das pessoas é a televisão. A TV é capaz de provocar emoções diretas em seu público-alvo e suas transmissões são feitas, propositalmente, com a idéia de despertar sensações no telespectador. Já em sala de aula, a maioria das mensagens não conta com estímulos emocionais competentes. Neste sentido, os assuntos são abordados de forma ‘passiva’, indiferente, e quem os aborda não sabe, ao certo, com quem está falando. Segundo Ferrés, o professor não se preocupa se a matéria é ou não um estímulo emocional competente para os alunos.

Para explicar melhor a teoria, Ferrés usa o caso do comercial de TV sobre automóveis, em que a modelo Claudia Schiffer aparece. O vídeo, através da mulher, consegue chamar a atenção do espectador, que associa a imagem de prazer e beleza ao carro da propaganda. É possível fazer com que o veículo se torne um estímulo emocional potente, devido à figura da moça vista na tela. “Essa habilidade nós não temos na educação”, conclui Ferrés.

Para educar, então, é preciso partir de um estímulo emocionalmente competente. É necessário converter o objeto de conhecimento em objeto de desejo. De acordo com a jornalista científica norte-americana Rita Carter, o cérebro humano é um sistema muito complexo. “Antigamente, na escola, havia métodos repressivos, ameaças, castigos, mas, atualmente, falta a motivação”, declara Carter.

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