terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Dormir para reforçar a memória



Estudo publicado na “Nature” pode ter implicações clínicas...


Nos testes, memórias estimuladas durante o sono funcionaram melhor
Reforçar uma lembrança enquanto se dorme pode ser mais eficaz do que quando se está acordado, revela um estudo realizado por universidades alemãs e suiças e publicado na revista “Nature”.

Uma equipe de investigadores, liderada por Björn Rasch, treinou a memória de vários voluntários que colaboraram neste estudo e aprenderam a relacionar um cheiro com a localização de um objecto, de forma a que quando sentissem determinado aroma se lembrassem imediatamente de onde este estava.

Após esta ligação ter sido estabelecida, o reforço da memória foi feito em alguns participantes enquanto dormiam e noutros nos momentos em que estavam acordados, através da libertação do cheiro que correspondia ao artigo que tinham de saber onde se localizava.
Com esta experiência, os investigadores verificaram que as pessoas cuja memória foi reforçada durante o sono lembravam-se com mais precisão da localização do objeto. Já a lembrança dos participantes submetidos a testes enquanto estavam despertos tinha perdido intensidade e era mais fraca do que a do grupo anterior.

Para se certificarem destes resultados, os cientistas realizaram ressonâncias magnéticas nos participantes do estudo e demonstraram que as partes do cérebro ativadas enquanto recorriam à memória eram diferentes, dependendo do momento em que esta tinha sido estimulada.

Segundo os cientistas, este estudo pode ter implicações clínicas na área das neurociências para o tratamento de vários problemas, como o stress pós-traumático.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Para pais...



1. Jamais faça a lição por seu filho ou permita que outros o façam (avós, empregada, irmão mais velho, amigo). Tenha clareza de que a lição é de seu filho e não sua, portanto, ele tem um compromisso e não você. Deixe-o fazendo a sua tarefa e vá fazer algo seu. Ele precisa sentir que o momento da tarefa é dele.

2. Organize um espaço e um horário apropriados para ele fazer as tarefas.

3. Troque idéias ou formule perguntas para ajudar no raciocínio, mas só se for requisitado. Não dê respostas, faça perguntas, provoque o raciocínio.

4. Oriente, a correção fica a cargo do professor. Importante: não vale apagar o erro de seu filho. Quem deve fazer isso é o professor. Aponte os erros (torne o erro construtivo).

5. Diga "tente novamente" diante da queixa. Refaça. Recomece. Caso seu filho perceba que errou, incentive-o a buscar o acerto ou uma nova resposta. Demonstre com exemplos que você costuma fazer isso. Nesse caso, valem os itens anteriores para reforçar este.

6. Torne o erro construtivo. Errar faz parte do processo de aprender (e de viver!). Converse, enfatizando a importância de reconhecermos os nossos erros e aprendermos com eles. Conte histórias que estão relacionadas a equívocos.

7. Lembre-se de que fazem parte das tarefas escolares duas etapas: as lições e o estudo para rever os conteúdos. As responsabilidades escolares não findam quando o aluno termina as lições de casa. Aprofundar e rever os conteúdos é fundamental.

8. Não misture as coisas. Lição e estudar são tarefas relacionadas à escola. Lavar a louça, arrumar o quarto e guardar os brinquedos são tarefas domésticas. Os dois são trabalhos, no entanto, de naturezas diferentes. Não vincule um trabalho ao outro, e só avalie as obrigações domésticas.

9. Não julgue a natureza, a dificuldade ou a relevância da tarefa de casa. A lição de casa faz parte de um processo que começou em sala de aula e deve terminar lá. Se você não entendeu ou não concordou, procure a escola e informe-se. Seu julgamento pode desmotivar seu filho e até mesmo despotencializar a professora e, conseqüentemente, a tarefa de casa e seus objetivos.

10. Demonstre que você confia em seu filho, respeita suas iniciativas e seus limites e conhece
suas possibilidades. Crie um clima de camaradagem e consciência na família, mas não deixe de dar limites e ser rigoroso com os relapsos e irresponsabilidades.

Isabel Cristina Parolin, autora do livro Pais Educadores
- É Proibido Proibir? - Ed. Mediação.

Aquarela do Brasil

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Estamos preparando alunos para empregos que ainda não existem... Para resolver problemas que ainda desconhecemos...



Antigamente formávamos alunos para serem médicos, advogados, psicólogos... O mercado nos ditava essas regras e nós, escola, fazíamos.Tínhamos um norte a seguir. Sabíamos para onde exatamente caminhar, que técnicas utilizar, que metodologias. Mas atualmente, o que acontece é bem diferente. Estamos no século XXI e este nos coloca um desafio: ensinar aos alunos a inteligência relacional. Precisamos prepará-los para empregos que não existem ainda, para funções, mundo em constante evolução tecnológica e científica.
Assim, colegas, nos resta um único caminho: acompanhar esse crescente olhando de frente para a evolução e preparar essas crianças para terem atitude, iniciativa, dinamismo frente às inovações. Crianças que saibam relacionar-se entre si e com o meio.
E isso não é nada fácil. Como já dizia Galeano:
"A utopia está lá no horizonte. Aproximo-me dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Então, para que ela serve? Para que eu não desista de caminhar..."
E é esse o convite que eu faço a você, professor que como eu acredita e ama a educação: Continue caminhando!

Sucesso nessa caminhada!


"O professor deve ser um facilitador do aprendizado. Para isso se faz necessário que conheça como a criança aprende, que observe,anote, pesquise, enfim esteja atento de verdade a seus alunos com o verdadeiro olhar que eles precisam. Chega de pensar na profissão docente como se fosse um dom divino que não necessita de estudo, aperfeiçoamento, análise. Educar exige pesquisa. É ação científica, que portanto exige preparo constante. Esteja atento ao que você faz, professor! Você é peça fundamental na construção dos futuros cidadãos do mundo. Realmente EDUQUE. NÃO FAÇA NADA POR INTUIÇÃO, FAÇA SABENDO O QUE ESTÁS FAZENDO!!!"

domingo, 16 de janeiro de 2011

Para refletir...

"Mude, mas comece devagar,
porque a direção é mais importante
que a velocidade. (...)
Você certamente conhecerá coisas melhores
e coisas piores do que as já conhecidas,
mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança,
o movimento,
o dinamismo,
a energia.
Só o que está morto não muda!
Repito por pura alegria de viver:
a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não
vale a pena!"

Clarice Lispector

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Novas formas de aprender: nativos digitais x imigrantes digitais

Mês passado, como a maioria dos usuários antenados de tecnologia acompanhei o lançamento do novo tablet iPad da gigante Apple. Depois de dominar o mercado de MP3 com o iPod e causar uma verdadeira revolução na telefonia com a criação do iPhone, a Apple investe pesado na fatia de mercado de tablets com o iPad. Bom, encurtando a história um tablet é um computador em forma de prancheta eletrônica, sem teclado e com tela sensível ao toque(touchscreen). Para ter uma idéia de como é um, basta pensar em um “iPhone gigante”, com tela entre 7 e 10 polegadas. Todos os tablets anunciados na CES já saem de fábrica com conexão 3G e Wi-Fi, ou seja, prontos para acessar a internet. Porque começar esse bate papo de hoje com uma notícia que em tese poderia apenas interessar aos aficcionados pelo uso das maquinas. O caso é que muitos dos nossos alunos lidam todos os dias com parte dessas inovações tecnológicas. Na verdade muitos deles fazem parte de uma geração de nativos digitais. Individuos nascidos em uma era repleta de inovações tecnológicas. Enquanto nós professores, somos mais representativos dos chamados imigrandes digitais, ou em outras palavras, indivíduos que migraram para o mundo digital depois da fase adulta. Mesmo em ambientes mais pobres, com o crescimento das lans houses e do barateamento de celulares e video games mais modernos aliado a pirataria, muitos individuos tem acesso a algumas das midias mais modernas. Esse envolvimento com a tecnologia faz com que estes individuos aprendam de uma forma diferente e muito distante das tradicionais metodologias que ainda dominam o ambiente escolar. O caso é que temos um grande problema em vista. A grande maioria dos professores que hoje podemos encontrar nas escolas fazem parte de uma geração que não tem a meno intimidade com muitas das tecnologias mais usadas por nossos alunos como câmeras digitais, celulares modernos e computadores. Uma pequena prova disso é a quantidade de professores que na rede pública receberam notebooks e simplesmente não sabem o que fazer com esse equipamento, deixando a cargo de filhos e netos a utilização de um material que deveria ser útil no cotidiano. Não se trata apenas de um conflito de gerações, mas sim culturas de aprendizagem muito diversas que se chocam no cotidiano escolar, fazendo com que a escola perca o sentido de uma de suas dimensões: preparar as gerações futuras. As gerações anteriores eram muito menos visuais que as de hoje. As gerações de hoje são mais sistémicas, criativas, cooperativas que as de ontem. Outro detalhe importante é que falta de contato a escola não aproveita em suas atividades uma série de novas habilidades e competências características das novas gerações. A escola de hoje não liberta. Ao contrário parece mais uma gaiola para nossas crianças. Uma gaiola onde o tempo passa muito devagar.

Referências Bibliográficas:
MATTAR, João. Games em educação: como os nativos digitais aprendem. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.

Por Marcos Antonio Silva

Neurodidática: que bicho é esse?

Por Rosilene Fernandes Diniz

Educar é um exercício milenar. Em tempos priscos, a atividade educacional já era exercida como mola impulsionadora do processo evolutivo. Desde os diálogos socráticos à realidade educacional atual, o ser humano sempre esteve envolto a ambientes que motivaram a aprendizagem e instigaram a descoberta de mecanismos e recriação de meios que ocasionassem uma melhoria de vida da espécie humana na terra. O desejo de aprender está arraigado à essência humana.

Devido à importância da educação para a sociedade, vários modelos educacionais foram criados, muitos teóricos apresentaram "fórmulas para o sucesso da aprendizagem" e uma miscelânea de paradigmas educacionais se instaurou no Sistema de Ensino Brasileiro. Algumas instituições seguem os moldes do tecnicismodifundido nos anos 70, inspiradas nas teorias behavioristas da aprendizagem e da abordagem sistêmica do ensino, apresentam como prática pedagógica ideal o desenvolvimento de atividades mecânicas, inseridas numa proposta educacional rígida e passível de ser totalmente programada em detalhes pelo professor. Outras instituições negam a prática tecnicista e acreditam que o saber deve ser instigado, construído, esta teoria foi denominada construtivismo, e a partir da definição do próprio vocábulo, nota-se que ela dissemina a idéia de que o saber deve ser construído, por não estar acabado e cristalizado no pensamento do professor. Para os teóricos deste modelo educacional a aprendizagem acontece por meio da interação do indivíduo com o meio físico e social, com o simbolismo humano, com o mundo das relações sociais; e se constitui por força de sua ação e não por qualquer dotação prévia. Todavia, nas instituições que seguem o modelo tecnicista, ou o modelo construtivista, ou naquelas que se dizem adeptas dos dois, acontece o insucesso educacional para alguns alunos e novas ideias surgem como possíveis soluções para este impasse.

A Neuropedagogia se apresenta como uma nova teoria, que diferente das outras, não se prende às discussões filosóficas, mas à praticidade do funcionamento cerebral e suas relações com o processo de aprendizagem, constitui-se comoelemento somatizador às teorias anteriores.

Para o educador preocupado em resolver as peculiaridades do processo de aprendizagem, faz-se necessário além do conhecimento acerca das práticas educacionais instituídas pelos modelos educacionais, a concepção sobre o funcionamento cerebral dos educandos e suas implicações no processo de aprendizagem. Como poetiza Rubem Alves, educar requer conhecimento e significação.

"Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música
não começaria com partituras, notas e pautas.
Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria
sobre os instrumentos que fazem a música. Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas.Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas para a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes."

O educador contemporâneo deve buscar subsídios para o processo de significação da aprendizagem. Como fazer com que o indivíduo se interesse pela "beleza da música"? Quais arranjos neurais estabelecem o aprender significativo? Como instigar a assimilação, acomodação, equilíbrio e adaptação das informações adquiridas durante o processo ensino-aprendizagem? Uma possível resposta para os questionamentos supracitados seria o educador trabalhar com a plasticidade cerebral visando propiciarsinapses na estrutura neural de seus alunos.

Pode-se ilustrar o supracitado por meio de uma reportagem publicada naRevista Superinteressante que descreveu comprovações acerca da revolução do cérebro. Segundo a reportagem o sistema nervoso é capaz de fazer novas conexões e esta capacidade regenerativa da estrutura cerebral pode ser a saída para inúmeros problemas de aprendizagem. Além disso, a ciência provou que a pessoa utiliza todo o cérebro e não 10% dele como se acreditou durante muito tempo, o que ocorre é que algumas partes do cérebro se desenvolvem mais, porque são mais ativadas que outras. Os indivíduos pensam de maneira diferente e aprendem por meio de estímulos diferentes, eles utilizam as áreas mais desenvolvidas do seu cérebro para compreender problemáticas que lhe são propostas. Um aluno que tem habilidade lingüística, pode desenvolver seu raciocínio lógicomatemático, por exemplo, por meio de estruturas lingüísticas. Parafraseando a obra O Alienista de Machado de Assis, a estrutura neural deixa de ser uma ilha e passa a ser um arquipélago. Inúmeras são as possibilidades de se estabelecer sinapses que geram a aprendizagem e cabe ao educador contemporâneo fazer uso deste conhecimento para desenvolver o cognitivo de seus alunos.

Maria Aparecida Affonso Moysés e Cecília Azevedo Lima Collares preceituam no artigo "Medicalização: elemento de desconstrução dos direitos humanos" que a sociedade trata seus problemas com naturalismo, transformando-os em algo natural e inevitável, deste modo, contribui para que eles permaneçam. Pode-se fazeruma analogia com o que fora apontado pelas autoras e a problemática da educação atual (repetência, fracasso escolar), pois nota-se que muitos educadores rotulam alunos como hiperativos, DDAs, disléxicos, entre outros arquétipos disseminados no contexto educacional atual e se conformam com o fracasso destes educandos. A falta de preparo dos professores para lidar com estas situações faz com que eles as caracterizem como algo inevitável. É uma nova vertente da "medicalização" diferente daquela aplicada na década de 60 e que visava silenciar o espírito dos jovens revolucionários denominando-os indivíduos cuja agressividade era resultado de uma disfunção cerebral. A suposta medicalização atual exclui crianças e adolescentes que por se comportarem de uma forma "diferente" são hostilizadas e esquecidas nos bancos escolares, muitas vezes oprimidas e rotuladas como limitadas. Os laudos que os professores pedem para entender o comportamento dessas crianças geralmente indicam a necessidade de avaliações diferenciadas que têm como principal objetivo aprovar os alunos com perfil diversificado do restante da turma. Poucos sugerem práticas pedagógicas que visem incentivar a superação das dificuldades destes educandos.

A Neurodidática propõe a superação destas dificuldades por meio do estudo da plasticidade cerebral e da aprendizagem significativa. Uexküll cita "Tudo que um sujeito percebe torna-se seu mundo da percepção, tudo que ele faz, seu mundo de ação. Mundo de ação e percepção formam juntos uma totalidade fechada, o 'millieu', o "mundo vivido".

Deste modo, é preciso que educadores conheçam as teorias relacionadas à Neuropedagogia e aprendam a trabalhar com os sistemas nervoso central e nervoso periférico, responsáveis pela aprendizagem e ordenação dos sentidos, além de conhecer a realidade de seus alunos, para que a partir dela, tracem sua ação pedagógica. A significação dos conceitos trabalhados em sala de aula é fundamental para a aprendizagem, sem ela o sistema nervoso central não encontra estímulo para captar as informações que lhe são apresentadas. A prática pedagógica deve se pautar na afetividade, na introdução de conceitos por meio de estímulosdo sistema nervoso periférico, que está relacionado aos sentidos, para que em seguida, o sistema nervoso central seja instigado a exercer sua função de acomodação, equilíbrio e adaptação dos conceitos propostos pelo educador aos alunos e o fracasso educacional seja superado.

Bibliografia:

SILVA, Ana Beatriz B. Silva. Mentes Inquietas. 42ª Edição. ed. Gente, 2003.

Revista Superinteressante. A revolução do cérebro. edição 229, agosto de 2006

MOYSÉS, Maria Aparecida Affonso e Collares Cecília. Medicalização: elemento de desconstrução. (Artigo científico)

TELLES, Vera Stela Telles. A leitura cognitiva da Psicanálise: problemas e transformações de conceitos. (Artigo científico)

SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia. 34ªEdição. ed. Autores Associados

Cunha, Maria Isabel. O bom professor e sua prática. 13ª Edição. ed. Papirus.


Fonte: http://www.webartigos.com/articles/20654/1/A-proficua-missao-de-ensinar-fundamentada-em-uma-concepcao-Neurodidatica/pagina1.html#ixzz1A5qKSPAT

Chave da sociabilidade humana está no cérebro



Amígdala cerebelosa está associada à capacidade dos indivíduos socializarem
2010-12-29

Volume da amígdala correlaciona-se positivamente com o tamanho de redes sociais em humanosCientistas americanos dizem ter encontrado uma associação entre a sociabilidade de um indivíduo e o tamanho da amígdala cerebelosa, uma pequena massa de núcleos de forma amendoada situada no interior dos lóbulos temporais do cérebro.

O estudo, feito por investigadores do Hospital Geral Massachusetts e da Universidade Northeastern, em Boston, e publicado na revista científica «Nature Neuroscience» confirma resultados de trabalhos anteriores que mostravam que alguns primatas vivem em grupos sociais maiores quando têm amígdalas maiores. "Sabemos que primatas que vivem em grupos sociais maiores têm uma amígdala maior, mesmo quando se tem em conta o tamanho total do cérebro e do corpo", disse Lisa Feldman Barrett, que liderou o estudo.

Nesta investigação foi considerada a espécie humana, sendo que o volume da amígdala voltou a correlacionar-se positivamente com o tamanho e complexidade de redes sociais em humanos adultos.
Os investigadores também analisaram outras estruturas sub-corticais dentro do cérebro e não encontraram evidências de um relacionamento similar entre essas estruturas e a vida social de humanos. Também não foram feitas associações entre o volume da amígdala e outras variáveis sociais na vida de humanos, como índices de satisfação social, por exemplo.

"A associação entre o tamanho da amígdala e o tamanho e complexidade da rede social foi observada tanto em indivíduos mais velhos como mais novos, homens e mulheres", referiu Bradford Dickerson, da Escola Médica Harvard, em Cambridge, outro cientista que participou no estudo.

Para realizar esta investigação, os investigadores contaram com a colaboração de 58 voluntários que responderam a perguntas sobre o tamanho e a complexidade das suas redes sociais. As questões referiam-se ao número total de contactos sociais regulares que cada participante mantinha, assim como o número de grupos diferentes a que esses contactos pertenciam.

Amígdala cerebelosa tem dois centímetros de diâmetro. Os participantes, com idades entre 19 e 83 anos, também foram submetidos a exames de ressonância magnética para que os cientistas pudessem obter informações sobre uma série de estruturas presentes no cérebro, incluindo o volume da amígdala cerebelosa.

Barrett disse que os resultados do estudo são consistentes com a "hipótese do cérebro social", uma teoria segundo a qual a amígdala humana teria evoluído em parte para permitir que o homem lidasse com uma vida social cada vez mais complexa.

"Mais investigações estão a ser feitas para tentar estabelecer de que forma a amígdala e outras regiões do cérebro estão envolvidas no comportamento social de humanos", sublinhou, acrescentando que os cientistas também estão a tentar entender como anormalidades nessas regiões do cérebro podem prejudicar o comportamento social em distúrbios neurológicos e psiquiátricos.

Artigo retirado de Ciências Hoje / 2010-12-29

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