quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Inteligência se aprende


Durante décadas e décadas (e até séculos!), considerou-se e propagou-se que inteligência não se aprendia, ou ela era recebida hereditariamente ou a pessoa estava condenada a ser um menos, um súdito, um ser inferior, um eterno servidor dos que teriam sido agraciados com capacidades superiores e, portanto, tinham direito, digamos, divino, a desfrutar do melhor, à feição dos reis que eram tratados (e são!) como representantes de Deus na Terra. Segundos os tais “agraciados”, a inteligência seria como um dom concedido pelos deuses.

Ora, conhecimento é poder, que dizer-se, então, da inteligência, que é a faculdade que permite adquirir cada vez mais conhecimento, vale dizer, PODER; por isso, a inteligência transformou-se num tabu, numa interdição cultural só acessível aos iniciados. Falar-se em “ensinar inteligência” era algo que nem se cogitava, pois que ela era considerada hereditária, quando hoje sabemos que hereditária é a capacidade de aprender inteligência. E quando se rompeu esse tabu? É claro que esse tipo de coisa não se rompe de uma hora para outra. Ao longo de séculos, com toda certeza, houve quem suspeitasse que inteligência pudesse ser ensinada e aprendida, mas ninguém ousava manifestar-se, por temer a ir para a fogueira ou contrariar a ciência oficial, dogmática como sempre, não obstante sabermos todos que ela é sempre provisória.

Em nosso mundo “moderno”, podemos dizer que a visão errônea de que inteligência não se ensina nem se aprende foi rompida pela publicação do livro “Way Beyond the IQ – guide to improving intelligence and creativity”, de 1977 (“Para Além do Q.I. – um guia para melhorar a inteligência e a criatividade”), do psicólogo norte-americano J. P. Guilford, que já tinha estudado muito a estrutura do intelecto. Não se pense que estamos querendo dizer que foi ele quem tratou do assunto “ensinar inteligência” pela primeira vez. Queremos apenas lhe conceder a primazia de ter afrontado o mundo acadêmico com seu livro citado. Antes dele, muitos outros autores tocavam no assunto aqui e ali, mas nenhum psicólogo ou professor tenha tido a coragem de desafiar a ciência oficial. Guilford abriu o caminho para o mundo acadêmico aceitar que inteligência se ensina. Muitos outros autores, de antes e depois de Guilford, se detiveram no estudo da inteligência.

Mas o Dr. Guilford, não obstante seu excelente trabalho, limitou-se à inteligência das funções cognitivas, mais relacionadas ao hemisfério esquerdo do cérebro, quando hoje sabemos que a inteligência é algo muito mais abrangente que a inteligência que supostamente se mede pelos testes de Q. I. O desenvolvimento das funções cognitivas é muito importante, mas precisamos nos voltar também para a inteligência natural, nativa, a que permite o desenvolvimento das potencialidades humanas como elemento de autorrealização, aí incluída a própria inteligência racional. A inteligência é una, cuja totalidade não pode ser desfeita, mas deve ser tratada sob dois aspectos, o da grande inteligência, como função do organismo para a autopreservação e preservação da espécie e a inteligência racional, surgida já como uma necessidade gerada pelo outro aspecto. A inteligência está ligada ao psiquismo da pessoa, haja vista o papel da sugestão em grandes realizações humanas. A inteligência una, formada pela inteligência natural, nativa, mais a inteligência racional, é passível de ser ativada, como demonstram os ensinamentos da Emotologia.

Enfim, estamos vivendo numa época de grandes conquistas no terreno da mente, sendo esta de que inteligência se aprende talvez a maior de todas. Não está longe o dia em que as escolas vão ensinar inteligência, como uma disciplina curricular. Há muitos anos temos lutado por isso. Ah! Que dia feliz será este! Teremos ultrapassado o verdadeiro problema que se escondia atrás do rótulo de que inteligência não se aprende, rótulo esse que visava não a tornar algumas pessoas inteligentes, mas, sim, fazer que a maioria se sentisse inferior, pois a inteligência sempre foi tratada mais como um problema político que científico.

Professor Luiz Machado, Ph.D.
Cientista Fundador da Cidade do Cérebro®
Mentor da Emotologia.

Cérebro já tem zona pré-preparada para alfabetização

Estudo revela que a leitura melhora o processamento de estímulos visuais/
Estudo realizado em letrados, iletrados e ex-iletrados.
Identificaram-se, pela primeira vez, imagens detalhadas do impacto da aprendizagem da leitura no cérebro. Segundo o trabalho desenvolvido por diferentes equipes internacionais - onde se incluem dois cientistas portugueses -, “aprender a ler, mesmo na idade adulta, é uma experiência tão importante para o cérebro que ele redistribui alguns dos seus recursos, obrigando outras funções, como o reconhecimento facial, a abrir mão de parte da sua gleba”. Os resultados da investigação são publicados,on-line,na revista «Science».
Os investigadores, coordenados por Stanislas Dehaene, director da Unidade de Neuro- imagiologia Cognitiva do Inserm-CEA (França) e Laurent Cohen, da mesma estrutura, levaram a cabo o estudo com diferentes cientistas das universidades de Paris-Sul e Pierre e Marie Currie, entre outras, assim como com equipas portuguesas, brasileiras e belgas.

Paulo Ventura, da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa (UL) que participou na investigação, avançou ao «Ciência Hoje», que para experiência, mediram “a actividade cerebral de 63 participantes – de nacionalidade portuguesa e brasileira – divididos em três grupos: letrados (31), iletrados (dez) e ex-iletrados (22 pessoas que não frequentaram a escola com a idade normal e aprenderam a ler em adultos) através de Ressonância Magnética funcional (fMRI)”.

Paulo Ventura, comparando a actividade cerebral dos adultos analfabetos com a dos alfabetizados desde a infância ou em idade avançada, os resultados demonstraram que “existe uma actividade massiva resultante da leitura, tanto nas regiões visuais do cérebro como nas que são utilizadas para a linguagem falada”, explicou o cientista.

O investigador da UL sublinhou ainda que “é fundamental percebermos que uma aprendizagem cultural como a leitura tem um impacto muito grande sobre as respostas que o cérebro vai dar, quer sobre a informação escrita quer sobre a falada, e essas modificações podem ocorrer em qualquer idade”.

Uma das razões que leva a relevar a importância deste trabalho é o facto de a escrita ser “uma invenção demasiado recente para ter sido influenciada pela evolução genética humana”, e isso significa que o cérebro “já tinha áreas específicas preparadas para tratar a linguagem escrita e que todos temos zonas cerebrais que nos permitem desenvolver a leitura”, asseverou igualmente Paulo Ventura.

Competição nos hemisférios

José de Morais, outro investigador português, mas integrado na equipa belga (Universidade Livre de Bruxelas), explicou que “aquilo que à primeira vista não deveria ocorrer – modificações no córtex auditivo do iletrado, por falarem e perceberem a fala –, acontece também e verificam-se alterações na região do córtex temporal quando há tratamento fonológico, embora não seja feito da mesma forma”. Ou seja, os analfabetos “têm igualmente uma representação da fala, apesar de ser menos consciente”.



José de Morais: Mais importante para este investigador é perceber que “a estrutura já existia”, mas tinha “outra função” e, aquando da aprendizagem, “passa simplesmente a identifica palavras.” Neste caso, ocorre “uma espécie de ‘reciclagem’ das zonas cerebrais pré-existentes e dedicadas a outras funções” que se dedicará posteriormente a identificar símbolos da escrita e a liga-los com a linguagem falada.

No entanto, este aspecto levantou uma questão: «Será que existem consequências e que outras habilidades são afectadas?» José de Morais respondeu que sim e sustentou que “há uma espécie de estreitamento do hemisfério esquerdo – responsável pelo reconhecimento visual (rostos) – e dá-se uma passagem para o direito”. O investigador referiu ainda que ocorre uma “competição entre o tratamento das palavras escritas e o reconhecimento de caras”.

As conclusões mostram portanto que a leitura melhora o processamento de estímulos visuais orientados horizontalmente no córtex occipital e também conduz ao aparecimento de uma área especializada para palavras no córtex temporal.

A investigação englobou, paralelamente, populações brasileiras e portuguesas por serem de países onde, há dezenas de anos, era frequente as crianças não poderem ir à escola por estarem num ambiente social relativamente isolado e rural. Todos os voluntários incluídos eram pessoas socialmente bem integradas, de boa saúde e a maioria com emprego. A experiência foi realizada com fMRI, de ressonância 3 Tesla, no Centro NeuroSpin (Saclay, França) no caso dos portugueses e no Centro de Investigação em Neurociências do Hospital Sarah Lago (Brasil) para o segundo grupo.

Por Marlene Moura

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Feliz Ano Novo a todos os leitores do meu blog, meus amigos, colegas de trabalho, familiares!

Nas salas de aula não existe presença obrigatória

Nenhum aluno fica em classe se não estiver interessado. Pode até estar lá, sentado, para não ter falta. Mas seu coração e mente não estão presentes, só seu corpo. Problema do professor? Claro que grande parte dos mestres pensa que desinteresse de alunos não é seu problema, e lhes basta ter a consciência tranquila de estar cumprindo o programa de sua disciplina.
A questão não é simples. Uma série de fatores presentes na atualidade fez surgir agora uma geração que contesta o sistema como nunca acontecera antes. Penso que não se trata de uma degenerescência social, mas do produto do cruzamento entre a era da comunicação, agora com a internet, com o ímpeto do desejo de mudança dos jovens, melhor percebido desde 1968.
Nossos alunos de hoje, pesquisados, declaram que a maior utilidade que encontram na escola é a formação de sua rede de relacionamentos. Vemos que são também atraídos pelo diploma que, de alguma forma, pensam, deve facilitar sua vida. De resto, franzem o nariz: “não quero seguir o caminho de meus pais, que não são felizes”. Como esses jovens receberão o bastão do revezamento social?
Nesse contexto, nós, professores, só poderíamos mesmo nos sentir pouco desejados, e, por isso, pouco ouvidos e respeitados como mestres. Esse panorama, claro, não é geral, há ressalvas. A primeira é de uma parcela (estima-se em 20%) de jovens com vocação para o aprendizado – os curiosos que procuram informações, de todo tipo. Outra exceção é a de alunos de universidades públicas, na qual entraram por meio de uma rigorosa seleção, e que por isso tendem a valorizar o aproveitamento das aulas. Algo parecido acontece em escolas muito procuradas, onde o ingresso também é difícil. Finalmente, também são mais interessados os que se sacrificam, trabalhando de dia e estudando à noite, e entendem a necessidade do conhecimento para sua carreira.
Entretanto, no geral, vemos que quando a maioria dos alunos está na escola para “cumprir tabela”, a contragosto, não se pode esperar boa disposição deles para com os professores. Eles fazem parte da “chatice da escola”. São uma extensão dos pais, que dizem uma coisa e fazem outra. Jamais pode ocorrer ao aluno, nessa condição, procurar estabelecer com o professor uma relação que não seja a obrigatória, pouco mais do que responder a chamada. Por isso, se houver possibilidade de mudança, esta precisa vir do professor. Só ele pode tomar a iniciativa de estabelecer uma relação diferente. Ou constrói uma ponte e a atravessa para chegar ao aluno, ou fica deste lado falando sozinho, também cumprindo sua tabela, dentro de um contexto perverso. Cabe ao professor tomar a iniciativa, ainda que ele, pessoalmente, nada tenha a ver com a culpa de sua geração que construiu uma sociedade problemática. Cabe a ele, portanto, também usar a criatividade como uma ferramenta para que suas aulas possam ser mais aproveitadas.
Colegas professores, claro, a criatividade não resolve os problemas do ensino brasileiro, mas pode se tornar a ferramenta para fazer a diferença no seu trabalho pessoal. Sempre há campo para nós, mestres, nos colocarmos muito além da “obrigação básica do programa”. Se nos posicionarmos assim, e também a favor dos alunos, nunca nos conformando de antemão com seu pouco interesse, e se adicionarmos a magia da criatividade ao planejar nossas aulas, aí sim, teremos feito a nossa parte. Concluímos lembrando que mudanças não são fáceis, mas muitas vezes são necessárias.

Texto do professor José Predebon, organizador e co-autor do livro Profissão Professor (Cia dos Livros).

A generosidade da boa educação



Educar é conceder ao outro a possibilidade de sonhar, transcender, superar limites e desbravar novos horizontes em direção à sua própria história e à cidadania plena. Quem realmente educa colabora para a formação de uma sociedade culturalmente mais preparada, mais consciente, mais capacitada para criar e vivenciar experiências positivas e, por vezes, revolucionárias.
A boa educação deve vir acompanhada de doses maciças de afeto, de compreensão e, sobretudo, do entendimento de que o educando é um indivíduo único, peculiar, dono de um universo rico e, por vezes, pouco explorado. Cabe ao educador, primeiramente, orientá-lo na busca incessante de toda essa riqueza interior para, só então, libertá-lo para voos mais altos. Mais precisamente, o voo infinito do aprendizado.
Podemos sustentar a educação sobre três pilares: as habilidades cognitiva, social e emocional. A primeira delas corresponde à seleção de informações técnicas relativas a determinados temas. Demanda aprimoramento constante e capacita o indivíduo para o exercício pleno de uma profissão, por exemplo. A segunda habilidade, a social, tem sido cada vez mais exigida no mundo em que vivemos. Ela implica saber relacionar-se da melhor forma possível. Falar, ouvir, expressar-se com competência, ter capacidade para entender os problemas e as dores alheias. Na habilidade social, o respeito pelo outro é um requisito fundamental. Vivemos em uma sociedade plural, multicultural, divergente, marcada pelas diferenças sociais, políticas e, principalmente, econômicas. As relações são difíceis e complexas, mas, mesmo assim, ninguém arrisca viver sem a presença do outro. Ser só é algo contrário à natureza humana. Por isso, transitar entre grupos variados e de realidades diversas de forma hábil é uma vantagem, um diferencial.
No caso específico da educação e do universo que a compõe, podemos citar o comportamento do professor na sala de aula como exemplo de habilidade social. É preciso que ele esteja em total sintonia com os alunos e suas necessidades, evitando posturas autoritárias e repentes de superioridade. Tem de haver integração e um infinito respeito pela história pessoal de cada aprendiz. Já a habilidade emocional se constitui no principal elemento capaz de desenvolver o processo educativo. Ela visa à busca do nosso eu interior, do equilíbrio e do autoconhecimento. Por meio dela, as pessoas são capazes de acessar suas potencialidades, autoconfiança e energia para lutar sempre que for necessário. Não se intimidam frente às derrotas. Ao contrário, servem-se das experiências negativas para se fortalecerem e mudarem o rumo das coisas para melhor. A afetuosidade, apesar de ser condição imprescindível para uma boa educação, esbarra na necessidade de melhorarmos ainda mais o setor educacional no Brasil. O fato de sermos um país continental nos impõe desafios ininterruptos em diversas áreas, e a educação é uma delas.
A educação é um processo contínuo que transcende os lares e os muros das escolas. Educar é dar oportunidades para as crianças e jovens expressarem sua criatividade, brincarem, ousarem. Vivemos uma época ímpar. A era da informação, da tecnologia, da rapidez dos processos. Presenciamos mudanças e revoluções diárias. O novo invade nossos lares e nos faz aprender a cada dia. Como educar crianças e jovens nessa roda-viva? Qual a melhor maneira de fazê-lo? Como prender sua atenção? Conquistar seus olhares curiosos que demonstram sede de conhecimento? As salas de aula serão páreo para a rapidez e as cores do games virtuais, dos computadores, dos programas televisivos? Encontrar as respostas para todas estas questões não será tarefa fácil, mas, certamente, teremos uma busca menos árdua se tivermos em mãos o mapa que nos levará a elas. Um mapa precioso que indica com riqueza de detalhes o caminho do afeto. Todos ganharemos com isso, como sinalizou nosso mestre, Paulo Freire: “A grande generosidade está em lutar para que, cada vez mais, essas mãos, sejam de homens ou de povos, se estendam menos, em gestos de súplica. Súplica de humildes a poderosos. E se vão fazendo, cada vez mais, mãos humanas, que trabalhem e transformem o mundo."


Gabriel Chalita

Artigo divulgado na revista Profissão Mestre de junho de 2010

domingo, 12 de dezembro de 2010

A neuropedagogia é baseada na união de novas técnicas de ensino com a inteligência. O método pode ser eficaz em muitos casos.



Atualmente, as crianças recebem informação o tempo todo e convivem em um mundo de telas, cheio de mensagens midiáticas e audiovisuais. Para o autor de livros sobre comunicação, Joan Ferrés, doutor em Ciência da Informação, da Universidade Pompeu Fabra, de Barcelona, é importante saber a linguagem midiática. Segundo Ferrés, é papel da escola ensinar aos alunos o que de bom proveito é exibido na TV; pois “os pais não saberão ensinar algo que não entendam”.

A escola foi um dos meios culturais que menos desenvolveu, com o passar do tempo. A economia teve um grande crescimento nos anos 90, época que se tornou conhecida como a "década do cérebro". E, se a educação não tem mudado, nos últimos anos, uma das propostas desse autor é a Neuropedagogia, que consiste na união de novas técnicas de ensino com o cérebro humano. A questão levantada por Ferrés é: Se a economia foi submetida a uma mudança radical, e conseguiu evoluir, porque o mesmo processo não ocorre com a educação?

Um dos meios de comunicação que mais sabe como atingir as emoções das pessoas é a televisão. A TV é capaz de provocar emoções diretas em seu público-alvo e suas transmissões são feitas, propositalmente, com a idéia de despertar sensações no telespectador. Já em sala de aula, a maioria das mensagens não conta com estímulos emocionais competentes. Neste sentido, os assuntos são abordados de forma ‘passiva’, indiferente, e quem os aborda não sabe, ao certo, com quem está falando. Segundo Ferrés, o professor não se preocupa se a matéria é ou não um estímulo emocional competente para os alunos.

Para explicar melhor a teoria, Ferrés usa o caso do comercial de TV sobre automóveis, em que a modelo Claudia Schiffer aparece. O vídeo, através da mulher, consegue chamar a atenção do espectador, que associa a imagem de prazer e beleza ao carro da propaganda. É possível fazer com que o veículo se torne um estímulo emocional potente, devido à figura da moça vista na tela. “Essa habilidade nós não temos na educação”, conclui Ferrés.

Para educar, então, é preciso partir de um estímulo emocionalmente competente. É necessário converter o objeto de conhecimento em objeto de desejo. De acordo com a jornalista científica norte-americana Rita Carter, o cérebro humano é um sistema muito complexo. “Antigamente, na escola, havia métodos repressivos, ameaças, castigos, mas, atualmente, falta a motivação”, declara Carter.

Cidade do cérebro

Ensinando Inteligência

O Brasil comemora a posição no Pisa




Temos mesmo o que comemorar? Desde quando um 57º / 53º... lugar é algo comemorável?
Lamentável que alguns professores caóticos ainda sintam-se os perfeitos neste sistema ilusório...
Há colegas que dizem fazer um trabalho sem igual em sala de aula. “Eu crio aulas diferentes...uso sempre tecnologias diversas... proponho dinâmicas...”
Isso deveria ser o normal, não o “sem igual”!!! Mas não é o bastante...
O professor precisa conscientizar-se de que vivemos num outro tempo. Nossos alunos não são mais os mesmos. Estamos num período de transição bem importante: vivemos o meio entre as exigências do século passado e as novas exigências. É o período mais delicado e complexo para todos nós. Não estamos nem lá nem cá...
Precisamos preparar alunos para profissões que ainda não existem. E como?
Pois é... precisamos acima de tudo ter consciência disso. A decoreba indiscriminada não funciona mais... o conhecimento se amplia muito rapidamente... as tecnologias devem ser encaradas como aliadas da educação e não o contrário...
Enfim, precisamos rever nossos conceitos, nossos planejamentos, nossos objetivos enquanto escolas.
Investimentos em formação de professores é urgente que se faça!

E em sala de aula, que tal priorizar aquilo que não se perde em época nenhuma: “ler, compreender, interpretar, criticar, posicionar-se”. É disso que nosso aluno precisa para encarar qualquer momento tecnológico ou não.

Precisamos urgentemente rever nosso papel!!!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Para o Infantil...

COMO CONQUISTAR SEU FILHO SEGUNDO DOM BOSCO




Dez pontos básicos, segundo Dom Bosco, para ajudar e conquistar os filhos.
Os conselhos servem também para os nossos alunos.
Ótica básica: “Nós pertencemos a eles, não eles a nós!”.

1 – Valorize seu filho.
Quando é respeitado e estimado, o jovem progride e amadurece.
Ele sabe e sente que você está interessado nele apenas porque você gosta dele.

2 – Acredite no seu filho.
Mesmo os jovens mais “difíceis” trazem bondade e generosidade no coração.
Cabe a você procurar – e achar – esta disponibilidade inata.
Ouça-o. Acredite nele!

3 – Ame e respeite seu filho.
Dom Bosco disse: “Se você quer ser amado por alguém, ame-o antes”.
Mostre a ele claramente, que você está ao seu lado. Olhe-o nos olhos.
Nós é que pertencemos aos nossos filhos, não eles a nós.
Quem quer ser amado deve demonstrar que ama.
E você gosta de seu filho não porque tem por objetivo que ele goste de você.
Você gosta dele como Deus gosta da gente: sem cobranças, sem busca de retorno.
Você gosta dele porque você se sente feliz em vê-lo crescer como pessoa humana.

4 – Elogie seu filho sempre que puder (e ele merecer).
Seja sincero: quem de nós não gosta de um elogio?
Os jovens também gostam.
Eles precisam de um elogio e estímulo para prosseguir no caminho certo.
Um elogio custa pouco para nós.
Vale muito para nossos filhos – quando ele merecer.

5 – Compreenda o seu filho.
O mundo de hoje é complicado, rude, competitivo.
Muda todo dia.
Procure entender isto.
Coloque se na ótica de seu filho.
Procure entender porque ele está tão distante, tão longe de você.
Quem sabe ele não está desesperado, perdido, precisando de você, esperando apenas um toque seu?
“Amorevolezza” é uma palavra italiana que significa tudo que Dom Bosco dava aos jovens: amor, carinho, bondade, presença.

6 – Alegre-se com seu filho.
Tanto quanto nós, os jovens são atraídos por um sorriso. A alegria e o bom humor atraem os meninos como mel. Você vai ver como tudo fica mais fácil, mais gostoso e mais divertido quando nós “entramos na deles”.
Ninguém melhor do que Dom Bosco entendeu isto. Ele participava de seus jogos, de suas brincadeiras, de seu esporte.
Faça isto também. Principalmente, procure gostar disto. E você vai entender porque Dom Bosco é um Santo que aparece sempre sorrindo.

7 – Aproxime-se de seu filho.
No método preventivo de Dom Bosco, uma aproximação amiga com os jovens é fundamental.
Evita males maiores, porque você dá a oportunidade de aconselhar na hora certa, de prevenir, antes de remediar. Viva com seu filho.
Viva no meio dele.
Conheça seus amigos.
Procure saber aonde ele vai com quem está.
Convide-o a trazer seus amigos para sua casa.
Participe amigavelmente de sua vida.

8 – Seja coerente com seu filho.
Não temos direito de exigir de nossos filhos atitudes que não temos. Quem não é responsável não pode exigir responsabilidade. Quem não é sério não pode exigir seriedade. Quem não respeita não pode exigir respeito. E assim por diante. Às vezes somos rigorosos e rudes para esconder nossa própria fraqueza e falta de argumentos. O nosso filho vê tudo isto muito bem, talvez porque nos conheça melhor do que nós a eles.

9 – Prevenir é melhor do que castigar seu filho.
Dom Bosco, que foi um excepcional educador, sabia que
“a força corrige o vício, mas não corrige o viciado”.
No seu pensamento – e na sua prática – a educação preventiva permite dar a seu filho uma nova alegria e um novo sentido de viver.
Quem é feliz não sente necessidade de fazer o que não é direito.
O castigo magoa, a dor e o rancor ficam e separam você de seu filho.
Principalmente quando é dado na hora errada, quando você – ou o seu filho – estão discutindo sobre qualquer coisa.
Pense duas, três, sete vezes, antes de castigar.
Nunca com raiva. Nunca!

10 – Crie o bom hábito da prece com seu filho.
A religião precisa ser alimentada.
Quem ama e respeita a Deus vai amar e respeitar o seu próximo.
Quem for um bom cristão, na certa vai ser um bom cidadão.

“Quando se trata de educação não se pode deixar de lado a religião”, dizia Dom Bosco.
Extraído do subsídio, “Você e seu filho”, baseado no Método Preventivo de Dom Bosco.

Dia da família


Obrigada senhor pela minha família!

A importância das nossas escolhas...

A todos os meus queridos amigos e companheiros de vida...

domingo, 5 de dezembro de 2010

Novas mídias...

Mão na massa, colegas! Conheçam essa ferramenta e venham comigo criar o nosso!

Onde estou...

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Interdisciplinar: o que é isso?



Embora a palavra seja bonita e até difícil de pronunciar, percebemos que pouco sabemos de seu real sentido. Estudamos, lemos, debatemos e até nos arriscamos a falar sobre o assunto. No entanto, quando chega a hora de colocar em prática, não é difícil perceber que a realidade está bem distante do tema proposto.
Não é de hoje que teóricos como Kilpatrick, Dewey e outros sonharam com esse ideal. Tantos outros vieram depois deles, no exterior e no Brasil. Eles têm sonhado e tentado, da mesma forma, colocar em prática a interdisciplinaridade. Não podemos esquecer que a interdisciplinaridade tem a ver com a vida. É o processo de ensino-aprendizagem que prepara para o enfrentamento dos problemas do dia a dia. Esse é seu principal objetivo e, se colocado em prática, traz os resultados esperados. Se sabemos disso, por que, então, é tão difícil exercer a interdisciplinaridade?
A escola, como a conhecemos hoje, estruturou-se de tal forma segmentada, que se torna difícil alterá-la. A dificuldade se expressa, em primeiro lugar, na formação dos profissionais da educação. Esses profissionais, tão importantes e necessários, já vêm para o exercício de sua função com uma preparação segmentada. Desde a infância, frequentaram uma escola segmentada. Ao se prepararem para o magistério, sua formação continuou a ser segmentada. De um dia para o outro, eles se vêm diante da necessidade de exercer uma função para a qual não foram preparados. Seus orientadores, professores, mestres e até doutores quase sempre também não sabem o que é ser interdisciplinar. Há de se notar ainda, embora não se justifique, a vida difícil que leva o professor, tendo sua carga horária mais que completa, o que o impede de ter uma formação continuada, o que muitos desejariam.
Muitos profissionais que trabalham de forma interdisciplinar o fazem por perceber essa necessidade e tentam se adaptar a ela, transformando suas aulas em momentos de ensino-aprendizagem significativos para o aluno. Não é novidade para nós, educadores, que ninguém aprende aquilo que não quer aprender. Assim, o educador que consegue exercer a interdisciplinaridade pode considerar-se vitorioso e, sem dúvida, terá a atenção e o interesse em seus alunos, já que a interdisciplinaridade tem a característica de produzir o interesse e o desejo de aprender, porque coloca o aluno em contato com os problemas que enfrenta ou enfrentará em sua própria vida.
Vem-me à lembrança a figura do pedagogo como aquele que conduzia, antigamente, um único educando. Sua função era a de preparar, em todos os sentidos, aquele ser que lhe era confiado. É bem provável que essa figura exercesse sua função de forma interdisciplinar, ou até mesmo transdisciplinar, fazendo ligação entre as mais variadas áreas do saber, que davam, inclusive, base moral, cultural e psicológica ao indivíduo. O pedagogo acompanhava desde muito cedo a criança, ensinando a ela o que era de seu interesse e também o que deveria aprender, de acordo com o meio em que vivia e diante das dificuldades ou facilidades que enfrentaria na vida. Infelizmente, só tinham acesso a esse tipo de educação os filhos de famílias mais abastadas. Com o passar do tempo, começaram a se reunir pequenos grupos, em função da dificuldade de se encontrar e, inclusive, manter um profissional assim, de forma particular.
Não há dúvida de que, para atender vários alunos, o ensino segmentado é mais fácil de ser conduzido. Da mesma forma, há de se levar em conta que, hoje, com classes que chegam a 45 alunos ou mais, também é difícil conduzir o ensino de forma interdisciplinar, visando atender as necessidades de cada um. Não é difícil chegar à conclusão de que ser professor/educador não é para qualquer um. Educar de forma interdisciplinar também não o é. É um desafio constante, uma busca constante de aperfeiçoamento, de estudo, de conhecimentos, para identificar a melhor maneira de atingir esse ou aquele aluno da forma como precisa ser atingido. Na verdade, para ser interdisciplinar, o professor precisa amar, e muito, o que faz.
O professor interdisciplinar terá sua formação acadêmica em determinada área, já que a graduação nos prepara dessa forma. Mas saberá buscar os conhecimentos necessários em outras áreas ou aplicar os conhecimentos ensinados à vida do aluno, tornando esse ensino interdisciplinar e altamente prático para a vida do educando. Se ninguém aprende o que não quer aprender, também é verdade que a aprendizagem significativa, que liga as áreas do saber e permite colocar na vida prática o que se aprendeu, é rapidamente assimilada pelo aprendiz.
Como professores, precisamos buscar o conhecimento, a criatividade, a melhor maneira de atingir nossos alunos. Um dos caminhos excelentes é a Interdisciplinaridade. É um grande desafio para o educador de hoje, mas, sem dúvida, um desafio que vale a pena enfrentar, para ver logo à frente o resultado do investimento feito em sua própria formação.

Texto de Mary Hebling de Lima, escritora, pedagoga, psicopedagoga, mestranda em Educação, Arte e História da Cultura, pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Obrigada, amigos do CAP!






Aos meus colegas e amigos de trabalho que comigo estiveram durante esse ano...
partilhando de minhas conquistas...
estimulando meus sonhos...
segurando em minhas mãos nas horas de melancolia e tristeza...
rindo comigo dos nossos próprios deslizes...
testando as mais variadas dietas para emegrecer...
fazendo acontecer os projetos doidos...
e acima de tudo: estavam do meu lado! Não porque precisavam, mas por que assim desejavam...
O meu eterno OBRIGADO!!!

Feliz Natal!

Que Deus nos mantenha juntos nos anos que estão por vir!

Obrigada, meu DEUS!

A importância da interpretação textual







A leitura faz parte de nosso dia a dia, seja na escola, nas tarefas de casa, durante algum percurso que fazemos, enfim, em todos os momentos ela está presente.

O fato é que quando a praticamos, muitas vezes não paramos para pensar sobre a sua verdadeira importância, ou seja: até que ponto este ou aquele texto fez sentido para nós enquanto mantínhamos contato com ele?

Você sabe o porquê dessa pergunta?

Muitas vezes, principalmente na escola, a professora sugere uma leitura e, logo em seguida, ordena que seja feita a interpretação referente ao texto lido. Mas como realizá-la, se não lembramos quase nada daquilo que acabamos de ler? Quando isso acontece é porque ainda não temos a habilidade necessária a todo bom leitor.


Essa habilidade em saber interpretar um texto, pelo fato de ser muito importante, precisa ser rapidamente conquistada, pois ela nos ajudará em todas as disciplinas, a começar por aquele probleminha de matemática....
Ah! Quantas vezes o lemos e não conseguimos resolvê-lo, não é verdade?

Pois bem, o mais importante nessa atividade é sabermos decifrar qual a mensagem que um determinado texto quer nos transmitir e, para isso, é essencial analisarmos alguns pontos.

Precisamos estar atentos ao título, uma vez que ele nos fornece pistas sobre o assunto que será tratado posteriormente. Logo após, surge o primeiro parágrafo que, dependendo do texto, revela os principais elementos contidos no assunto a ser discutido.

Geralmente, nos parágrafos seguintes, o emissor (a pessoa que escreve) costuma desenvolver toda a sua ideia de um modo mais detalhado e, ao final, faz um uma espécie de “resumo” sobre tudo o que foi dito, para não deixar que nada fique vago, sem sentido para o leitor.

Até aqui falamos sobre a forma pela qual o texto se constrói, mas há também outro detalhe que não podemos nunca nos esquecer: a pontuação. Às vezes, uma vírgula pode mudar o sentido de uma frase, os pontos de interrogação e exclamação dizem tudo sobre as “intenções” do autor, ou seja, ele pode deixar uma pergunta para refletirmos, pode também elogiar ou fazer uma crítica, utilizando o ponto de exclamação, concorda?

Assim sendo, resta ainda dizer que nem sempre numa primeira leitura podemos identificar todos os elementos necessários a uma boa compreensão. Caso a mensagem não fique clara ao nosso entendimento, realizamos uma segunda, desta vez um pouco mais atenta, dando importância aos sinais de pontuação, como também analisando cada parágrafo e retirando dele a ideia principal.

Agindo assim, considere-se um leitor competente!!!

(Por Vânia Duarte Graduada em Letras / Equipe Escola Kids)

Cartilha do educador: apoio à aplicação da neuropedagogia



(Download completo da obra no site "Aprender Criança")

A Importância da biblioteca como espaço de aprendizagem...

"É na biblioteca da escola – por oferecer acesso democrático aos recursos e ferramentas necessários para a aprendizagem –, onde podemos aprender a lidar melhor com a informação: matéria-prima para a criação de novos conhecimentos. Por outro lado, tradicionalmente reconhecida como o espaço da leitura por excelência, a biblioteca precisa ir além de ações meramente de incentivo à leitura para desempenhar plenamente sua função.
Capacitação informacional é o conjunto de competências necessárias para acessar, interpretar, selecionar e utilizar a informação de forma ética e criativa. É o que dará condição ao estudante de aprender ao longo da vida e de enfrentar novas situações e desafios num mundo de mudanças tão rápidas e impactantes como o atual. De acordo com os Parâmetros para o Aprendiz do Século 21, a noção de capacitação informacional evoluiu da simples definição “uso de fontes de referência" para "localizar informação”. Competências múltiplas, inclusive a digital, a visual, a textual e a tecnológica somaram-se à capacitação informacional como cruciais para o aprendiz do nosso século."

(Retirado de Educação em Pauta)

A hora é agora, professor!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

domingo, 17 de outubro de 2010

Para refletir...


Cuida de Mim
Angélica
Composição: Michael Sullivan/ Carlos Colla
Estou aqui, à sua espera
Pra você me ensinar a ser feliz...
Cuida de mim... pois no futuro eu serei aquilo que você me diz!
Te querendo, exatamente, da maneira que me quis
Não se esqueça que eu sou seu aprendiz...


Pensa com a cabeça, usa a inteligência e coração
Olha do seu lado: tanta gente teve tudo e acabou na solidão...
Cuida da semente, você vai colher aquilo que plantou...
Trata bem da gente, pois você será tratado da maneira que ensinou...


Não se esqueça que o tempo passa... não e esqueça que já foi criança...
Que depende de você a beleza que esse mundo pode ter...
Não se esqueça que o tempo passa, não se esqueça que já foi criança...
Se você cuidar de mim, se você me der amor... amor vai receber!


Não se esqueça que entre nós um menino já nasceu...
2 mil anos se passaram e ninguém o seu nome esqueceu
E o que ele ensinou já é tempo de aprender:
Se você me der amor... só amor vai receber!!

Neuropedagogia: uma luz para a educação...


A neuropedagogia é o ramo da pedagogia que visa compatibilizar o “software cognitivo” (técnicas de ensino) com o “hardware cognitivo” (cérebro humano).

O neuropedagogo é o profissional que vai integrar à sua formação pedagógica o conhecimento adequado do funcionamento do cérebro, para melhor entender a forma como esse cérebro recebe, seleciona, transforma, memoriza, arquiva, processa e elabora todas as sensações captadas pelos diversos elementos sensores para, a partir desse entendimento, poder adaptar as metodologias e técnicas educacionais a todas as crianças e, principalmente, aquelas com características cognitivas e emocionais diferenciadas. Terá que estar em busca constante dos necessários conhecimentos sobre as anomalias neurológicas, psiquiátricas e neuróticas existentes, para desenvolver seu trabalho de acompanhamento pedagógico e desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças que apresentem essas sintomatologias.

O profissional de neuropedagogia, portanto, é um dos elementos mais importantes para as instituições que desejam desenvolver um verdadeiro processo ensino-aprendizagem. Dito isso, as instituições que desejam companhar os avanços em educação devem preocupar-se o quanto antes em capacitar seus profissionais para esse fim ou agregar algum deles no seu quadro de colaboradores.

As Crianças Aprendem o que Vivenciam...

Se as crianças vivem ouvindo críticas, aprendem a condenar.
Se convivem com hostilidade, aprendem a brigar.
Se as crianças vivem com medo, aprendem a ser medrosas.
Se as crianças convivem com a pena, aprendem a ter pena de si mesmas.
Se vivem sendo ridicularizadas, aprendem a ser tímidas.
Se convivem com a inveja, aprendem a invejar.
Se vivem com vergonha, aprendem a sentir culpa.
Se vivem sendo incentivadas, aprendem a ter confiança em si mesmas.
Se vivenciam a tolerância, aprendem a ser pacientes.
Se vivenciam os elogios, aprendem a apreciar.
Se vivenciam a aceitação, aprendem a amar.
Se vivenciam a aprovação, aprendem a gostar de si mesmas.
Se vivenciam o reconhecimento, aprendem que é bom ter um objetivo.
Se vivenciam partilhando, aprendem o que é generosidade.
Se convivem com a equidade, aprendem o que é justiça.
Se convivem com a bondade e a consideração, aprendem o que é respeito.
Se as crianças vivem com segurança, aprendem a ter confiança em si mesmas e naqueles que a cercam.
Se convivem com a afabilidade e a amizade, aprendem que o mundo é um bom lugar para se viver.


Dorothy Law Nolte (Extraído do livro: "As crianças aprendem o que vivenciam"

Neurociência: conhecer para aplicar...

A última década, denominada “Década do Cérebro”, foi marcada por um expressivo avanço das Neurociências. Estes avanços permitiram um melhor entendimento do funcionamento do cérebro, especialmente das bases biológicas do comportamento e do aprendizado no ser humano.

Através de evidências científicas, hoje podemos vislumbrar a diversidade desses processos, enquanto determinadas áreas cerebrais são responsáveis pela aprendizagem da matemática, outras estão relacionadas à linguagem, à geometria e outras disciplinas, assim por diante.

À luz desses conhecimentos podemos compreender melhor por que determinadas crianças apresentam dificuldades em prestar atenção, por que outras não conseguem reter os conhecimentos ou ainda, por que outras não conseguem se organizar nos estudos.

Estas descobertas em Neurociências comprovaram a importância do fator orgânico no processo de aprendizagem, deixando no passado, ecos preconceituosos que atribuíam falta de inteligência ou de vontade a tantas e tantas crianças que, verdadeiramente, padeciam de distúrbios de aprendizagem e não tiveram a chance de um diagnóstico.

Podemos comparar as funções cerebrais envolvidas no processo de aprendizagem a um cockpit de avião, com aqueles inúmeros relógios e circuitos em funcionamento. Um desajuste ou defeito de uma dessas funções certamente comprometerá o vôo ou até impedirá a decolagem. Mais trágico ainda serão aqueles vôos que não alcançam seu destino final, tendo como desfecho o abandono escolar.

Entender a educação sob a ótica dos conhecimentos atuais é admitir a diversidade dos nossos cérebros e de nossas potencialidades, a diversidade do aprender.
O professor hoje precisa conhecer neurociência para poder ampliar o potenial cognitivo de seus alunos.
Ao compreender como o aluno aprende, é sua função facilitar esse processo.

Vivência educativa...


“Coloque a mão na massa e transforme ideias em realidade”. Este foi o tema geral do Colegiado Nacional da Rede Pitágoras, que acaba de ser realizado em Belo Horizonte, nos dias 29 e 30 de setembro. No evento, foram apresentadas diversas novidades em termos de serviços e produtos para as escolas parceiras para 2011, como anunciado por Mônica Ferreira, Diretora Geral da Rede Pitágoras, e João Lacerda, Diretor Executivo da Educação Básica, na abertura das atividades. A Rede anunciou novas parcerias com empresas que oferecem serviços educacionais, com vantagens exclusivas para as escolas integradas. O Colegiado é destinado aos dirigentes e lideranças das escolas e reflete sobre temas que estão na vanguarda do processo educacional e da gestão das escolas.
Certamente uma oportunidade ímpar de troca de experiências e acima de tudo muita reflexão sobre a melhor forma de fazer educação.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Aprender pode ser divertido!!!


"Que angustiante contraste entre a brilhante inteligência das crianças e a fraca mentalidade do adulto médio"

Sigmund Freud

Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.



Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo.

Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.
Rubem Alves

domingo, 19 de setembro de 2010

:: Antônio Peixoto (Florianópolis): educar através da pesquisa

Falando de Identidade na Escola - Feira de Objetos Antigos

Por Josane Fernanda Lisboa *

Vamos falar de identidade? Sim vamos. Esta foi a minha proposta com a feira de objetos antigos no Colégio Antonio Peixoto, realizada pelos alunos do Segundo Ano do Ensino Médio. Temos que falar de ética e moral? Temos, mas precisamos urgentemente falar de valores, de família. Assim sempre entramos neste debate nas nossas aulas evitando conceitos já pré-estabelecidos, mas fazendo-os pensar sobre isto. Quando defendi esta proposta metodológica , no início muitos alunos disseram que não tinham nenhum objeto para expor mas depois todos estavam prontos para fazer a sua exposição. A proposta vem do pensamento ligado ao estudo da sociologia nas escolas e a realidade do aluno, onde conceitos importantes são discutidos: identidade juvenil, conhecimento de si - aluno, conhecimento da turma, história de vida, noção de sujeito histórico, cultura, culturas juvenis, manifestação e diversidade cultural e noção de patrimônio histórico . Muitas vezes, nós, educadores , nos prendemos a salientar à nossos alunos a importância do patrimônio histórico por exemplo , mas não o fazemos pensar como isso é importante para a preservação da cultura, da nossa história. Conceitos existem em apostilas e livros didáticos e são importantes para um embasamento teórico, mas devemos nos preocupar em inovar nossas aulas e a feira de objetos antigos que realizamos foi com o objetivo de uma educação mais cientifica , voltada para a pesquisa , lembrando do pensamento de Pedro Demo: “ Educar pela Pesquisa” . Se fala tanto em pesquisa cientifica, mas a pesquisa na educação tem que ser valorizada . A teatralização é um grande caminho para isso , os alunos podem incorporar uma época, uma situação vivida , se tornando assim o instrumento daquela ação e essa é a proposta do meu projeto. “ A maneira pela qual a informação é tratada como produto descartável pela sociedade, se faz necessário grandes mudanças no universo estudantil. Existe ai grandes possibilidades para produção do conhecimento científico e ao mesmo tempo a transformação de valores em escala social. Quanto mais próximo do conhecimento científico o educando estiver, mais chances haverá desse conhecimento sobreviver por mais tempo e não apenas até o dia da avaliação como se tem em vista. É necessário que o educando perceba a informação científica como um meio para sua formação como cidadão crítico, e o teatro, como ferramenta pedagógica, pode ser uma ponte para essa percepção, se tornando uma porta de abertura para a difusão do conhecimento científico entre os alunos em sala de aula”(.BIZZO, N. Ciência Fácil ou Difícil. São Paulo: Ática. 1998) Falar de identidade e cultura é preparar nossos alunos para discutir e o mais difícil, produzir algo sobre o assunto. A feira trouxe para o pátio do colégio objetos muito antigos e até uns mais recentes, para nós é claro. As explicações de nossos alunos iluminaram o olhar dos educadores, pois estavam falando de herança cultural, o que sempre deve ser resgatado junto aos conceitos da prática da ética e da moral, tantas vezes discutidas em palestras educacionais e em temas de redação dentro dos vestibulares. Observar e discutir a cultura local, da nossa família, resgata valores e aproxima pais e filhos. É importante o educador ter consciência da época em que este aluno vive, ou seja, o que é antigo para ele muitas vezes não é para nós. Mas o que realmente vale a pena é que rompemos as paredes da sala de aula (Paulo Freire ), saímos um pouco das apostilas e dos livros e fomos para uma cultura prática e então um enfeite da sala ou um móvel antigo virou conteúdo de aula . E lá estavam eles, nossos alunos, com aqueles objetos, explicando para todos os alunos do colégio, inclusive para os pequeninos, que cultura não é apenas um conceito, é a forma de mostrar a nossa história, a nossa identidade . Falando da cultura local com certeza estarão produzindo novos conhecimentos e gerando um aprendizado significativo.





* Josane Fernanda Lisboa, historiadora , Especialista em Políticas Públicas , professora da Rede Privada de ensino e Formadora de Educadores em todo o Estado de Santa Catarina .
Lei, palmada ou diálogo?

Palmada no passado era método pedagógico e, portanto, pais e professores tinham direito legítimo de uso. Mas os estudos evoluíram e hoje sabemos que castigo físico não garante aprendizagem. Pode até parecer que garante porque, como ninguém gosta de apanhar, inibe comportamentos inadequados mais rapidamente. Na ausência do agressor, porém, a atitude criticada reaparece. O que revela que não houve aprendizagem de fato. Portanto, a discussão não deve ser se bater deve ser proibido por lei, mas de que forma conscientizar quem educa – em todas as instâncias – de que, com objetivos claros, segurança e afeto, se conseguem melhores resultados do que com agressão física.
Se parece que nossos antepassados conseguiram mais com os jovens do que se consegue hoje, seguramente não foi porque nossos avôs batiam nos filhos... O que ocorreu foi que uma série de fatores se conjugou nas últimas décadas, tornando educar um desafio gigantesco: a influência das novas mídias exacerbando o consumismo; a corrupção (e a impunidade) por parte dos que deveriam dar o exemplo aos mais jovens; a desestruturação da família; a ausência de ambos os pais em casa são apenas alguns deles. Com isso, os pais acabaram perdendo o foco do que é realmente importante. Muitos hoje consideram sua tarefa principal “fazer o filho feliz”, o que acaba resultando em apenas satisfazer desejos e vontades. Anteriormente, era “fazer dos filhos homens de bem”, significando priorizar fundamentos éticos na educação. E isso se alcança com muito diálogo, ensinando a pensar e a não se deixar conduzir por mídias ou grupos. No entanto, é tarefa quase inexequível para quem não tem certeza do que é prioritário.
Em vez de novas leis, o que a sociedade precisa é realocar a ética – para si e para as novas gerações; também fundamental é resgatar conceitos deturpados. Afinal, autoridade não é sinônimo de autoritarismo; democracia e liberdade não significam fazer apenas o que se tem vontade. Como se ensina isso: com lei ou com palmada? Nem com um, nem com outro.
Obviamente, ainda há muito a ser feito quanto à inclusão e melhoria da qualidade do ensino, multiplicação do número de bibliotecas públicas e disseminação do hábito de leitura. No entanto, os avanços são inegáveis nos 188 anos de nossa Independência, comemorados no 7 de setembro de 2010. Em todo esse período, o livro tem sido um dos protagonistas dos processos de transformação política e social, pois a conquista do conhecimento é essencial para credenciar pessoas e povos à plena liberdade!
A nossa é a geração do diálogo, a que acreditou que a melhor forma de comunicação interpessoal se faz através da discussão e da troca de ideias. Mas será que, na prática, o diálogo está efetivamente acontecendo? Pais e filhos, professores e alunos, colegas de trabalho estão verdadeiramente sabendo ouvir, falar e reivindicar? Infelizmente, não. São muitos os que não sabem dialogar. Alguns usam o diálogo como bandeiras para alcançarem o que desejam e, em seguida, se mostram autoritários, fazendo com isso grassar a desesperança e a descrença entre os jovens. Outros o abandonam à primeira dificuldade. Entender-se de verdade com o outro, mantendo a ética e o equilíbrio frente a opiniões e objetivos contrários aos seus, é tarefa difícil - e raros são os que dominam tal competência.
Quem é autoridade e deseja exercê-la de forma a congregar, alcançar adesão e favorecer a afetividade – seja pai, chefe ou professor – deve utilizar o diálogo como forma de busca de entendimento. Todos – líderes e liderados – precisamos estar cientes, porém, de que nem sempre seremos atendidos em tudo. É o que torna o diálogo tão difícil: a expectativa utópica de que, através dele, todos os anseios se concretizem. Ocorre, porém que entendimento não é atendimento. Não se pode supor que só houve diálogo quando atendem a tudo o que desejamos; diálogo é troca, análise, decisão; não é imposição.
No diálogo verdadeiro não há vencedores nem vencidos, há, isso sim, pessoas ou grupos que se ouvem sem pré-julgamentos; há respeito recíproco e intenção concreta de analisar argumentos e reivindicações. E, mais importante: há, ao final, aceitação das decisões tomadas pelo grupo ou pela autoridade – ainda que nem sempre tais decisões contemplem, no todo ou em parte, aquilo que todos e cada um desejavam.

Texto de Tania Zagury, filósofa e mestre em Educação.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Trio gestor: quem faz o que

Conheça as responsabilidades de cada função do trio gestor

Diretor
- Responde legalmente, judicialmente e pedagogicamente pela escola
- Assegura, acompanha e controla os materiais e os recursos financeiros da escola
- Articula o relacionamento com a comunidade interna e externa escola
- Colabora nas decisões da rede e concretiza as políticas públicas na escola
- Lidera a elaboração e revisão do projeto político-pedagógico
- Garante as condições para o cumprimento do projeto
- Assegura e acompanha os momentos de planejamento e estudo da equipe
- Cuida do desenvolvimento dos profissionais
- Levanta, analisa e acompanha o desempenho dos alunos
- Desenvolve projetos institucionais em parceria com o coordenadores e equipe
- Articula a equipe para o planejamento e a realização das reuniões de pais
- Elabora o cronograma e realiza reuniões regulares com os diferentes segmentos da escola
- Orienta a organização do espaço e assegura a exposição das produções dos alunos
- Garante o acesso ao acervo da escola

Coordenador pedagogico

- Coordena os momentos de formação em serviço dos professores
- Participa junto com os professores do planejamento das atividades e acompanha sua realização
- Observa aulas dos professores para ajudá-los no desenvolvimento das atividades
- Realiza com os professores nas reuniões de pais
- Colabora na elaboração do projeto político-pedagógico
- Cuida para que o projeto seja cumprido no dia a dia
- Acompanha e analisa junto com os professores o desempenho dos alunos
- Realiza, organiza e mantém os registros do trabalho pedagógico
- Realiza reuniões regulares com o diretor para analisar as condições e o processo de ensino e da aprendizagem
- Organiza junto aos professores a exposição das produções dos alunos
- Analisa e divulga o acervo da escola

Supervisor

- Sistematiza as diretrizes curriculares da rede
- Coordena e acompanha a formação de coordenadores e diretores
- Acompanha, organiza e mantém registros da formação continuada na rede
- Realiza e levanta estudos e pesquisas
- Articula a troca de experiências entre os profissionais das escolas
- Acompanha e articula a execução dos projetos político-pedagógicos das escolas com o Pano Educacional da Secretaria
- Acompanha e auxilia o trabalho dos gestores e coordenadores
- Avalia o desempenho dos alunos e indicadores de aprendizagem das escolas
- Participa de comissões sindicantes
- Acompanha o cumprimento dos dias letivos

Fonte: Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/diretor/trio-gestor-quem-faz-531894.shtml

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

segunda-feira, 28 de junho de 2010

POR UMA SOCIEDADE JUSTA E EFICIENTE

Que sociedade é mais justa, aquela que valoriza as boas intenções e o esforço ou aquela que valoriza os resultados? Uma boa pergunta para começar a discutir no retorno às aulas.
No primeiro ano de faculdade aprendi um truque que muito me auxiliou na hora de obter notas melhores. Descobri que, numa prova na qual cai um tema que você não estudou, que o pegou de surpresa, sobre um assunto de que você não sabe absolutamente nada, o melhor é não entregá-la em branco, que seria a coisa mais lógica e correta a fazer. Nessas horas, escreva sempre alguma coisa, preencha o papel com abobrinhas, pois, quanto maior o número de páginas, melhor. Isso porque existem dois tipos de professor no Brasil: um deles é formado pelos que corrigem de acordo com o que é certo e errado. São geralmente professores de engenharia, produção, direito, matemática, recursos humanos e administração. Escrever que dois mais dois podem ser três ou doze, dependendo "da interpretação lógica do seu contexto histórico desconstruído das forças inerentes", não comove esse tipo de professor. Ele dá nota dependendo do resultado, e fim de papo.
Mas, para a minha alegria, e agora também para a sua, existe outro tipo de professor, mais humano e mais socialmente engajado, que dá nota segundo o critério de esforço despendido pelo aluno e não apenas pelo resultado. Se você escreveu dez páginas e disse coisas interessantes, mesmo que não pertinentes ao tema, ficou as duas horas da prova até o fim, mostrou esforço, ganhará uns pontinhos, digamos uma nota 3 ou até um 3,5. O que pode ser a sua salvação. Na próxima prova você só precisará tirar um 6,5 para compensar, e não uma impossível nota 10. Se você estudar um mínimo e usar esse truque, vai tirar um 5.
Uma vez formados, os alunos desse tipo de professor são muito fáceis de identificar. Seus textos são permeados de abobrinhas e mais abobrinhas, cheios de platitudes e chavões. Defendem que a renda deve ser distribuída pelo esforço, e não pelo resultado, e que toda criança que compete deve ganhar uma medalha. Defendem que todo professor de universidade deve ganhar o mesmo salário, independentemente da qualidade das aulas, e que a solução para a educação é mais e mais verbas do governo, sem nenhuma avaliação de desempenho.
Esses dois tipos de professor obviamente não se bicam. É a famosa briga da turma da filosofia contra a turma da engenharia. São as duas grandes visões políticas do mundo, é a diferença entre administração pública e privada. O que é mais justo, remunerar pelo esforço de cada um ou pelos resultados alcançados? O que é mais correto, remunerar pela obediência e cumprimento de horário ou pelas realizações efetivas com que cada um contribuiu para a sociedade?
Como o Brasil ainda não resolveu essa questão, não podemos discutir o próximo passo, que são as injustiças da opção feita. É justo só remunerar pelo resultado? É justo remunerar somente pelo esforço? Podemos até escolher um meio-termo, mas qual será a ênfase que daremos na educação dos nossos filhos e na avaliação de nossos trabalhadores? Ao esforço ou ao resultado?
Quem tentou ser útil à sociedade mas fracassou teria direito a uma "renda mínima"? É justo dar 3,5 àqueles cujo esforço foi justamente enganar seus professores e o "sistema"? Não seria justo dar-lhes um sonoro zero? Precisamos optar por uma sociedade justa ou por uma sociedade eficiente, ou podemos ter ambas?
Como aluno, eu tive de me esforçar muito mais para as provas daqueles professores carrascos, que avaliavam resultados, do que para as provas dos professores mais bonzinhos. Quero agradecer publicamente aos professores "carrascos" pela postura ética que adotaram, apesar das nossas amargas críticas na época. Agora entendo por que tantos de nossos cientistas e professores pertencem à Academia de Letras, por que somos o último país do mundo em termos de patentes, por que tantos brasileiros recebem sem contribuir absolutamente nada para a sociedade e por que nossos políticos falam e falam e não realizam nada.
Que sociedade é mais justa, aquela que valoriza as boas intenções e o esforço ou aquela que valoriza os resultados?

Stephen Kanitz é administrador (www.kanitz.com.br).

Vale a pena pensar...

Informática educativa: uma possibilidade a mais de ensino...




Aula 1: A PIPA

Conteúdos trabalhados:
• Escrita da letra p e suas famílias;
• Coordenação motora fina;
• Noção de quantidade;
• Cores;


Descrição da aula:

• www.atividadeseducativas.com.br jogo: 1,2,3,4 pipas – numerar as pipas de acordo com a quantidade de bolinhas que aparece.
• www.atividadeseducativas.com.br jogo: corrida da pipa – coordenar as pipas em movimento de sobe e desce evitando os obstáculos para marcar a pontuação maior.
• No PAINT: pintar as pipas com as cores indicadas pela professora.


Observação:

Conversar com os alunos sobre a brincadeira de empinar pipa, o perigo dos fios elétricos...

Em sala confeccionar pipas com os alunos, trabalhando geometria.


Use a imaginação!!! Mesmo o conteúdo mais básico pode, com criatividade, ser estimulado através das tecnologias!
Experimente você também!!!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

segunda-feira, 31 de maio de 2010

"A felicidade é a conquista de cada minuto,
na intimidade de nossa alma,
sentindo-a em cada coisa,em cada instante,
em todos os momentos de nossa vida.
É buscar a alegria, a essência,
a luz, a dignidade, o amor.
A vida oferece-nos tudo isso,
o tempo todo.É preciso irradiar,
sentir, escolher,para conquistar!"

(Zibia Gasparetto)

terça-feira, 18 de maio de 2010

O MATERIAL DOURADO NA VISÃO DA SUA INVENTORA...


"Preparei também, para os maiorezinhos do curso elementar, um material destinado a representar os números sob forma geométrica. Trata-se do excelente material denominado material das contas. As unidades são representadas por pequenas contas amarelas; a dezena (ou número 10) é formada por uma barra de dez contas enfiadas num arame bem duro. Esta barra é repetida 10 vezes em dez outras outras barras ligadas entre si, formando um quadrado, "o quadrado de dez", somando o total de cem. Finalmente, dez quadrados sobrepostos e ligados formando um cubo, "o cubo de 10", isto é, 1000.
Aconteceu de crianças de quatro anos de idade ficarem atraídas por esses objetos brilhantes e facilmente manejáveis. Para surpresa nossa, puseram-se a combiná-los, imitando as crianças maiores. Surgiu assim um tal entusiasmo pelo trabalho com os números, particularmente com o sistema decimal, que se pôde afirmar que os exercícios de aritmética tinham se tornado apaixonantes.
As crianças foram compondo números até 1000. O desenvolvimento ulterior foi maravilhoso, a tal ponto que houve crianças de cinco anos que fizeram as quatro operações com números de milhares de unidades".

Essas contas douradas acabaram se transformando em cubos que hoje formam o Material Dourado Montessori.



O Material Dourado é um recurso que permite trabalhar com as ações cognitivas voltadas para a construção do número pela criança. Através da mediação do professor, o aluno vai compreendendo de forma concreta como se constitui o Sistema de numeração decimal, ou base dez, como chamamos. A percepção da subtração com retorno, adição com reserva, tudo vai ficando mais claro, pois a criança assimila a idéia de pertinência, onde as ordens numéricas vão se fundindo: unidade formando dezenas, que formam centenas e assim sucessivamente.
No momento da sistematização no algorítmo certamente ficará mais fácil entender porque temos a "reserva" ou o "pedir emprestado", muitas vezes transmitido a eles de forma mecânica e sem sentido.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

“Para inovar o seu fazer pedagógico é necessário inovar o seu pensar...”


Muitas vezes nessa minha jornada no campo educacional tenho me deparado com colegas de trabalho que me dizem:
- “Como posso fazer diferente, então?”
- “O conteúdo é o mesmo, porque temos que fazer provas ou planos de aula diferentes a cada ano?”
- “ Tá, mas não adianta ficar floreando muito e NÃO DAR o conteúdo...”
- “Meus alunos entenderam todo o conteúdo. Foram muito bem na prova!”

O que é isso, minha gente? Que tipo de educação estamos propiciando aos nossos alunos? É assim que pretendemos construir uma sociedade melhor?

Nossos alunos estão desmotivados porque a escola continua a mesma do século passado. E é a única que parou no tempo... Vivemos o auge da tecnologia, do conhecimento globalizado e cíclico. Tudo muda muito rápido...
Até quando vamos sentar para ver a banda passar?
Até quando vamos culpar a família e o aluno pela desgraça que tem sido nossas aulas?
Quando vamos parar de fingir que ensinamos?
Quando vamos entender que nosso aluno precisa preparar-se para a vida?
Ele é dez em matemática, mas não sabe manusear dinheiro, dar troco, compreender a viabilidade ou não de uma promoção...
É dez em Português, mas mal consegue ler um texto curto, mesmo assim não entende nada. Não escreve um parágrafo que diga alguma coisa concreta...
É dez em geografia, mas até agora não sabe que o mar é parte do oceano...

... Mas é um aluno dez... Tira dez em todas as provas...

Fica aí a reflexão:

ESTAMOS PREPARANDO QUEM? PARA QUÊ?

Pense nisso...

segunda-feira, 29 de março de 2010

Caras colegas,
Abaixo uma sugestão de projeto que alia informática educativa a consciência ambiental...

Informática educativa
Tema: Reciclagem
Objetivo: Conceituar lixo
A professora iniciará a aula apresentando aos alunos dois objetos: cascas de maçã e uma maçã (exemplo), em sala de aula. Questiona-os sobre os dois objetos: O que tenho em mãos? Como eles estão? Qual deles é lixo? Por quê?... Anota no quadro as hipóteses sobre o conceito de lixo.
Aula 1:
* no site http://www.jogueaki.ig.com.br/jogos-online.php?jogo=go-recycle os alunos deverão passear pelo bairro recolhendo do chão todo o lixo que encontrarem. Esse jogo trabalha a coordenação Visio motora, atenção, sensibilização com o tema em questão.
* No BR-office.org.writer os alunos deverão fazer uma lista com o nome de todos Os resíduos produzidos no dia e que consideram lixo. Salvar na pasta da turma (para isso a professora deverá ter na pasta de antemão uma tabela pronta. Restando ao aluno apenas preencher).

Aula 2:
* No site WWW.atividadeseducativas.com.br buscar pelo jogo “cor e reciclagem”
Conversar com os alunos sobre as lixeiras que aparecem no jogo. Qual é o significado de cada cor? Por quê? Quem escolheu essas cores?...
* No Paint, desenham as lixeiras, pintam de acordo com a cor adequada e nomeiam como devem ser. Em seguida, desenham vários tipos de resíduos para depois imprimir, trocar com o colega e fazer a associação (em sala).
Aula3:
No site http://www.jogueaki.ig.com.br/jogos-online.php?jogo=go-recycle , jogo ajude o amigo a encontrar a lixeira certa para seus resíduos.
* Agora confeccione plaquinhas para colocar nos locais de sua casa onde você quer lembrar as pessoas sobre a importância de separar o seu resíduo (Paint ou BR-office).




RECICLAGEM
Vamos falar hoje de reciclagem! Nunca ouviu falar nesta palavra? Mas agora você vai saber tudo sobre reciclagem.
Reciclar é reaproveitar materiais orgânicos e inorgânicos para serem utilizados novamente. Mas o que é material orgânico e inorgânico? Qualquer coisa que tem origem animal é considerado material orgânico. E tudo que não tem origem biológica é considerado material inorgânico.
Os alimentos, por exemplo, são considerados materiais orgânicos. As sobras destes alimentos como as cascas de legumes e frutas que vão para o lixo de cozinha também são considerados materiais orgânicos e podem ser reaproveitados. Ou melhor, podem ser reciclados para serem reaproveitados.
O lixo da nossa cozinha, por exemplo, pode ser transformado em adubo. Os adubos são fertilizantes utilizados na terra para enriquecer os solos das plantações. Olha que legal! Utilizamos alimentos para fazer mais alimentos! Este é o espírito da reciclagem: transformar, processar o lixo, para ser utilizado novamente.
Os materiais inorgânicos como: garrafas de vidro e plásticas, latas de refrigerante, borracha, entre outros, também podem ser reciclados. Nestes casos, é muito comum que se reutilize o próprio material, ou seja, latas de refrigerante são processadas e transformadas em novas latas, assim como as garrafas de vidro também são preparadas de forma a serem reutilizadas.
Para colaborar no processo de reciclagem o lixo é separado em 4 lixeiras diferentes: metal, papel, vidro e plástico. Cada lixeira é representada por uma cor diferente:
•Papel - Azul
•Metal - Amarelo
•Vidro - Verde
•Plástico - Vermelho
Este tipo de coleta de lixo é chamado de Coleta Seletiva. Agora que você já sabe tudo sobre reciclagem, já pode imaginar quanto lixo podemos reutilizar! Assim poupamos energia e matéria prima e ainda não poluímos o planeta.
Atualmente, o lixo é problema mundial. Todos os dias, acumulamos toneladas de lixo que são levados para aterros sanitários, mas o problema é que o planeta já não suporta esta quantidade de detritos e além disto muitos materiais levam muito tempo para se decomporem. Veja na tabela abaixo quanto tempo demora a decomposição do vidro!
•Papel: de 2 a 4 semanas
•Palitos de fósforos: 6 meses
•Papel plastificado: de 1 a 5 anos
•Chicletes: 5 anos
•Latas: 10 anos
•Couro: 30 anos
•Embalagens de plástico: de 30 a 40 anos
•Latas de alumínio: de 80 a 100 anos
•Tecidos: de 100 a 400 anos
•Vidros: 4.000 anos
•Pneus: indefinido
•Garrafas PET: indefinido
Outro ponto importante é o quanto de energia e matéria-prima poupou!
Quantas árvores deixaram de cortar reciclando papéis, jornais e revistas? Quantas máquinas que utilizam eletricidade ou por vezes combustíveis deixamos de ligar poupando energia.
Tudo isto é importante para preservar a natureza e garantir um futuro melhor para o nosso planeta e para a humanidade!
Não perca tempo, é tempo de reciclar!
É bom saber...
A palavra reciclagem difundiu-se a partir do final da década de 1980, quando foi constatado que as fontes de petróleo e de outras matérias-primas não renováveis estavam se esgotando rapidamente, e que havia falta de espaço para a disposição de lixo e de outros dejetos na natureza. A expressão vem do inglês recycle (re = repetir, e cycle = ciclo).

segunda-feira, 22 de março de 2010




ACESSEM MEU FORMSPRING.ME, UM CANAL A MAIS PARA TROCA DE IDÉIAS!!!!
TECNOLOGIA ALIADA À EDUCAÇÃO...

Você, professor que gosta de tecnologia e sabe que temos de usar esses recursos a favor da aprendizagem de nossos alunos,pode lançar mão de mais uma interessante ferramenta: o Wiki
Criar um wiki é muito simples e fácil. Nele você pode interagir com seus alunos de forma dinâmica e interessante. Assita o vídeo e confira as facilidades dessa enciclopédia digital...

"TUDO O QUE REALMENTE APRENDI, VIVI NUM JARDIM DE INFÂNCIA..."

Leitura e escrita
Por que trabalhar É um adulto leitor que mostra às crianças o significado da escrita que está nos livros. Ao escutar uma história, as turmas entram na narrativa e compartilham as sensações dos personagens. "É hora de ampliar o repertório e dar maior organização ao pensamento", diz Débora Rana, coordenadora pedagógica de Educação Infantil da Escola Projeto Vida, na capital paulista.


LEITURA E ESCRITA Conhecer os gêneros é o melhor meio de entrar no mundo dos textos.
Durante as rodas de histórias, o grupo é capaz de escolher os livros prediletos, acompanhar a obra de um autor, opinar e fazer relatos. Quanto maior a variedade de gêneros, melhor: contos, poesias, parlendas, quadrinhas, gibis, lendas, fábulas, bilhetes, crônicas, textos informativos e instrucionais.

A leitura diária de diferentes gêneros pelo professor aumenta cada vez mais a curiosidade e o conhecimento sobre a linguagem escrita. "Aos 4 anos, já é possível recontar textos e aos 5 produzir as próprias histórias, ditando o texto a um escriba", afirma Débora.

Texto retirado da Revista Nova Escola on-line.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Verbos que podem nos ajudar na hora da montagem de objetivos para nossas aulas...

CLASSIFICAÇÃO CONCLUSÃO APLICAÇÃO

Classificar Concluir Aplicar

Escolher Deduzir Empregar

Ordenar Decidir Utilizar

Numerar Justificar Construir

Separar Resumir Praticar

Selecionar Criticar/julgar Efetuar

Distinguir Analisar Executar

Agrupar/reagrupar Apreciar Efetivar

Categorizar Examinar Criar

Colecionar Conceituar Elaborar

Dividir Definir Confeccionar

Subdividir Generalizar Explicar

Qualificar Inventar

domingo, 7 de março de 2010

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Caríssimos,
a Revista Profissão Mestre aponta doze maneiras de transformar nosso aluno em fã... Veja só:


1.Seja fonte de novas ideias: todos seus alunos estão preocupados, em graus diferentes, com o futuro, com a maneira pela qual o mundo funciona. Apoie seus alunos nesse sentido, dando-lhes informacões sobre o cotidiano que não está no curriculo. A escola também pode realizar palestras e bate-papos com profissionais de sucesso, futurologos, economistas, etc.

2.Demonstre que você tem o conhecimento: o conhecimento que seus alunos esperam, muitas vezes, não é aquele que o professor passa na sala de aula. Que tal fornecer-lhes instrucões básicas de economia, marketing pessoal e outros assuntos necessários para sobreviver lá fora? Desenvolva rápidos livrinhos sobre esses temas e distribua a seus alunos.

3.Transmita a imagem correta: se você quer que sua instituicão de ensino seja reconhecida como a melhor da região, então faça com que tudo a sua volta reforce essa imagem. Não é necessário contratar um decorador e cobrir seu escritório com tapetes e quadros caros, mas concentre-se no óbvio. Ataque banheiros com ladrilhos faltando, parede manchadas, plantas secas ou mortas. Assegure-se de que toda sua equipe se apresente bem, com uniformes em ordem. Mire-se no exemplo dos parques da Disney, que sabem que boa parte de sua imagem vem de seus faxineiros, com uniformes imaculadamente limpos e passados. O mesmo vale para suas serventes.

4.Conheça o aluno: não assuma que você entende os anseios e as necessidades de todos os alunos. Cada bairro da cidade, cada classe social produz pessoas com necessidades e visões diferentes. Dentro de cada bairro, cada familia possui suas peculiariedades. E dentro de cada familia, cada pessoa tem seu modo único de pensar. Muitos colégios erram ao se apoiar em estudos referentes ao "aluno brasileiro médio". Ora, trabalhar com a média vai fazer, no máximo, que você crie uma escola igual as outras. Gaste algum tempo entendendo a comunidade que você quer atingir.

5.Demonstre que você está aprendendo constantemente: esse é um componente chave para garantir o relacionamento escola-aluno. Para que um estudante sinta-se confortável com o passar do tempo, você deve mostrar que está constantemente aprendendo, tornando-se mais atual, útil e competente. Ficar estagnado é fatal para qualquer instituicão.

6.Comunique-se claramente: manter um entendimento claro e cristalino com seus alunos é mais importante do que nunca. Cuidado com aquelas circulares cheias de termos técnicos. Algumas são escritas de uma maneira que só confundem os alunos e pais. Esqueça, portanto, as "atividades de campo interativas para observação da variedade da fauna nacional no Bosque e Jardim Botânico Municipal Memorial Etelvina Montes Farberbara.". Escreva "visita ao Jardim Botânico".

7.Seja acessivel: mantenha suas portas abertas, esteja sempre pronto para falar com seus alunos. A grande maioria não abusa dessa facilidade de acesso, embora eles se sintam mais seguros ao saber que podem contatá-lo sempre que precisarem. Diminua a burocracia entre a direcão e os alunos.

8.Ouça: deixe o aluno falar e você vai acabar descobrindo exatamente o que ele deseja para que suas aulas e sua escola sejam ainda melhores. Somente quando você tem uma imagem bem clara dos motivos e preocupações dos estudantes é que você pode montar uma escola especifica para aquela realidade. Abuse de caixas de sugestão e - por que não - reuniões com representantes de alunos.

9.Pense como o estudante: foque no que agradou a você como aluno, quando sentava do outro lado da sala, bem como as coisas que o fizeram trocar de escola ou faculdade. Assegure-se de praticar a primeira parte, e evitar a segunda. E resista a tendência comum de achar que o que é bom para a sua escola é automaticamente bom para os alunos. Não e, mas o inverso e verdadeiro: o que é bom para seus alunos, no final das contas, vai ser bom para sua instituição. Pense nessas leis sempre que for aprovar algo para sua instituição. Aquela nova ação vai tornar o estudo melhor, mais fácil ou agradável?

10.Nunca decida o que um aluno quer: os estudantes querem conselhos, dicas, sugestões e não conclusões o tempo todo. Então ofereça opcões e alternativas. Ensine-os a pensar e analisar. Existe um espaco para verdades absolutas na escola (2 + 2 =4), mas ele não deve ser dominante no relacionamento com os alunos. Trabalhe para criar um cenário que permita ao aluno decidir, apontando aspectos positivos e negativos de algumas situações. Você estará desenvolvendo características que serão muito úteis para eles mais tarde.

11.Torne-se paranoico: Andy Grove, presidente da companhia de peças de computador Intel, sugere que seu sucesso é resultado direto de sua paranoia. É a paranoia que o mantém engajado, atento e fazendo perguntas. Ele está constantemente no limite e suas antenas estão sempre funcionando. Dessa maneira, é dificil alguma coisa passar desapercebida ou pegá-lo de surpresa. O mesmo vale para sua escola. Tenha uma equipe de paranoicos, atentos às mudanças das necessidades dos alunos, aos novos lançamentos de livros didáticos, às novas tendências. Ai, separe o que é paranoia do que é realmente útil. Nada de ficar mudando de livros a cada lançamento: esteja atento, porém seja criterioso.

12.Se você não pode ajudar o aluno, seja honesto: a prova do profissionalismo e dizer não. Não existe maneira de uma escola (ou professor) ser capaz de fazer tudo - e nem o estudante espera isso. Alunos querem solucões boas e confiáveis. Se não for possível, diga. É melhor que prometer e não conseguir cumprir depois.
Mais que um professor...

Educação é a base para o desenvolvimento de qualquer nação e, dessa forma, o professor torna-se peça chave na formação do ser social. É ele quem vai guiar a produção do conhecimento e o futuro profissional e acadêmico de cada criança.

No entanto, uma recente notícia sobre professores alarmou pais e estudantes. A Secretaria da Educação de São Paulo anunciou que usará professores reprovados em exames para ministrar aulas no ensino básico. O sindicato do setor anunciou ainda que esses professores irão para as periferias da capital, onde o desempenho dos alunos é abaixo da média nacional. Segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho e Emprego, 80% dos professores ativos no Brasil participam da educação básica, ou seja, educação infantil, ensino fundamental e ensino médio.

Para solucionar esse problema, é preciso primeiro ter presente que o professor é muito mais que um transmissor de conhecimentos. É ele também que irá estimular a criança a ter características exigidas pelo mercado de trabalho. Em uma de minhas palestras, em específico a realizada na UNESCO, para educadores, lembro-me que iniciei a reflexão com a seguinte pergunta: “quais as qualidades exigidas a um cidadão em uma entrevista para emprego?“. Muitos falaram, ao mesmo tempo, vários atributos. Liderança, comunicação, trabalhar em equipe, iniciativa, criatividade e flexibilidade, entre outras. Foram inúmeras as características citadas pelos participantes da palestra e todas elas se encaixam no perfil selecionado pelas empresas. Respondi então a eles com uma segunda pergunta: “Nós como educadores estamos colocando dentro da sala de aula estas qualidades?”. Foi quando disse a todos: “Se não estivermos fazendo isto como uma prática dentro da sala de aula, estaremos engrossando a fila dos desempregados.” Pois é exatamente este questionamento que o docente pode fazer a si mesmo.

O papel do educador dentro e fora da sala de aula é de extrema importância para os alunos. O professor é um dos principais líderes da vida de uma criança, é ele que, juntamente com os pais, vai influenciar diretamente no desenvolvimento delas. Ele irá conduzir os alunos rumo ao conhecimento e à sabedoria. A escola é o primeiro ambiente que a criança encontra fora da família, e o mestre será uma das pontes mais importantes de transição da infância para a vida adulta. Nesse sentido, o docente deverá ser um bom exemplo e passar a sua melhor característica para os alunos, agindo como um cidadão ético e responsável, ciente de sua missão de transmitir valores para um futuro profissional.

As rápidas mudanças podem afetar alguns setores da sociedade, e a educação não está exclusa deste cenário. Assim, o professor deve enfrentar grandes desafios em sua profissão. Além de se especializar para comunicar o conhecimento, ele precisa estar atento em transmitir mais do que isso; é preciso mostrar aos pequenos que motivação e qualidade devem crescer dentro nós e nunca se perder em meio aos problemas da vida.

Os grandes professores que se permitem ensinar e transmitir o amor e a dedicação nos marcam de forma positiva, deixam resultados perenes e transmitem, de forma inequívoca, valores e ideais, promovendo uma verdadeira transformação na vida de cada pessoa.

Texto de Eduardo Shinyashiki
Formspring: a nova mania na Internet

Diferentemente do 'O que você está fazendo?' do Twitter, o Formspring.me propõe que seus seguidores façam as perguntas para você responder.
Qual tipo de pergunta? Qualquer uma. Uma enquete livre e democrática, porém que pode ser respondida ou não pelo dono do perfil. Tem gente pensando assim: "Mas, eu mal me acostumei com o Twitter e agora me aparece esse outro?". Os dois na verdade se completam. O microblog continuará como principal ferramenta de comunicação em tempo real. Já o Formspring.me será a enciclopédia sobre o tudo que queremos saber sobre determinada pessoa. Nós perguntamos diretamente e ela nos responde sem intermediários.
Você poderá fazer questões mantendo o anonimato, mas a pessoa poderá não responder como até excluir a questão.

Eu já tenho meu formspring. Dê sua passadinha por lá e pergunte o que quiser!
www.formspring.me/profclau

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Programas que podem facilitar a vida dos blogueiros.

No site de downloads Baixaki se buscar pela palavra-chave "Blogger" você encontrará alguns programas que podem facilitar a sua vida de blogueiro. Confira agora mesmo!
Educação infantil: grande responsabilidade!!!



O portfólio na educação infantil possibilita identificar quais os reais objetivos da aprendizagem, quais foram cumpridos e quais não foram alcançados. Ele se apresenta em três modelos: particular, aprendizagem e demonstrativo.

O particular é aquele que guarda informações pessoais do educando, incluindo dados sigilosos, e fica reservado na secretaria da instituição. O de aprendizagem (processo-fólio) é aquele que apresenta toda a coleção de atividades do educando, sua trajetória bimestral, o resultado da construção de conhecimento, realizado e analisado em três vias a cada bimestre. Já o demonstrativo se refere às atividades catalogadas, de grande relevância para o processo de transição do educando, e encaminhadas para o educador que vai trabalhar com o educando no ano seguinte.

Este portfólio é construído (armazenado) em uma pasta, com plástico transparente, cujo objetivo é anexar as atividades diversas, como recortes, colagens e fotos, desenvolvidas através da linguagem oral, escrita e pictórico. Todas comprometidas com o tema que está sendo trabalhado no bimestre.

As autoras Elizabeth Shores e Cathy Grase apresentam um processo de montagem na construção do portfólio em dez passos. São eles:


Estabelecer uma política para o portfólio.

Coletar amostras de trabalhos.

Tirar fotografias.

Conduzir consultas aos diários de aprendizagem.

Fazer entrevistas.

Efetuar registros sistemáticos.

Realizar registros de casos.

Preparar relatórios narrativos.

Conduzir reuniões de análise de portfólio em três vias.

Usar portfólios em situações de transição.

A proposta de apresentar o portfólio em três vias, ou seja, o encontro entre o educador, o educando e a família em reunião de análise e reflexão do portfólio, é um momento pedagógico que caracteriza o passo de maior relevância para o desenvolvimento cognitivo do educando. A apresentação dessa forma tem um objetivo maior: a apreciação da produção do educando, com atividades construídas e reconstruídas, demonstrando o crescimento pedagógico alcançado por ele de forma gradativa, dando início ao compromisso de autonomia do educando.

O educador também terá a oportunidade de refletir sobre sua prática pedagógica, fazendo uma autoavaliação sobre em que momento deverá retomar as atividades de insucesso que surgirem no seu grupo de trabalho.

A observação é fundamental na avaliação da educação infantil, ou seja, em qualquer processo avaliativo. A observação individual ou do grupo vai possibilitar ao educador um amplo conhecimento do educando, o que, atrelado à reflexão e análise deste, trará uma grande riqueza de informações que vão diagnosticar as questões de aprendizagem que poderão interferir de ordem positiva ou negativa, permitindo uma intervenção qualitativa no processo de ensino-aprendizagem.

Registrar todas as ocorrências, resgatar o que foi perdido, repensar o que não foi compreendido pelo educando e encontrar estratégias de aprendizagem são questões que, só por meio do registro diário, possibilitarão ao educador refazer sua prática pedagógica, definindo o perfil do educando de acordo com o registro de suas habilidades nas atividades solicitadas. O registro é a fonte, é o seu arquivo, é a base de um processo que permitirá a escrita de um relatório final, fiel à produção do portfólio.

A reflexão e a interpretação das abordagens em sala de aula, e a percepção analítica, irão identificar como o educando está elaborando e construindo o seu conhecimento. O portfólio ainda é um recurso de maior fidelidade avaliativa. O educador que vivencia a avaliação enquanto processo, com certeza, fará desse recurso mais um aprendizado.

Sendo o construtivismo coadjuvante neste artigo, cabe acrescentar que o conhecimento se dá a partir de uma construção, é na ação-reflexão que desenvolvemos o processo de ensino-aprendizagem, com metodologias favoráveis ao contexto do cotidiano escolar, gestando competência e exacerbando o desejo de criar e produzir nas atividades escolares.

Texto de Rosa Costa



Quem sou eu

Minha foto
Uma professora apaixonada pelo ato de aprender e ensinar!!! Amo o que eu faço e procuro ampliar cada dia mais minhas aptidões,assim posso fazer melhor o que me proponho a fazer: Ensinar de verdade!!!