A última década, denominada “Década do Cérebro”, foi marcada por um expressivo avanço das Neurociências. Estes avanços permitiram um melhor entendimento do funcionamento do cérebro, especialmente das bases biológicas do comportamento e do aprendizado no ser humano.
Através de evidências científicas, hoje podemos vislumbrar a diversidade desses processos, enquanto determinadas áreas cerebrais são responsáveis pela aprendizagem da matemática, outras estão relacionadas à linguagem, à geometria e outras disciplinas, assim por diante.
À luz desses conhecimentos podemos compreender melhor por que determinadas crianças apresentam dificuldades em prestar atenção, por que outras não conseguem reter os conhecimentos ou ainda, por que outras não conseguem se organizar nos estudos.
Estas descobertas em Neurociências comprovaram a importância do fator orgânico no processo de aprendizagem, deixando no passado, ecos preconceituosos que atribuíam falta de inteligência ou de vontade a tantas e tantas crianças que, verdadeiramente, padeciam de distúrbios de aprendizagem e não tiveram a chance de um diagnóstico.
Podemos comparar as funções cerebrais envolvidas no processo de aprendizagem a um cockpit de avião, com aqueles inúmeros relógios e circuitos em funcionamento. Um desajuste ou defeito de uma dessas funções certamente comprometerá o vôo ou até impedirá a decolagem. Mais trágico ainda serão aqueles vôos que não alcançam seu destino final, tendo como desfecho o abandono escolar.
Entender a educação sob a ótica dos conhecimentos atuais é admitir a diversidade dos nossos cérebros e de nossas potencialidades, a diversidade do aprender.
O professor hoje precisa conhecer neurociência para poder ampliar o potenial cognitivo de seus alunos.
Ao compreender como o aluno aprende, é sua função facilitar esse processo.
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