terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O processo de reinvenção exige atitude e olhar diferenciados



Na vida, no trabalho e nas relações de convivência há de se viver um processo de permanente reinvenção, sob pena, do contrário, de se cair numa rotina medíocre, que vicia e leva ao desencanto, à perda de energia e de entusiasmo. Isso afeta, de modo frontal, o clima organizacional das instituições, que também tem implicações diretas sobre a saúde dos trabalhadores.
Em artigo publicado no jornal Zero Hora, no dia 26 de outubro de 2010, Moacir Scliar alerta para uma necessidade premente a todo ser humano:“reinventar-se como profissional, como cônjuge, como pai ou mãe ou filho ou filha, reinventar-se como amigo, reinventar-se como cidadão ou cidadã, reinventar-se como pessoa”.
E que significado tem o verbo reinventar-se no contexto da educação?
Tem a ver com a atitude de lançar um olhar diferenciado para o passado e para o futuro, simultaneamente, estabelecendo paralelos, observando as vertiginosas mudanças e compreendendo que, se aquilo que se fez e deu certo numa determinada época gerou resultados animadores, no contexto da atualidade não serve mais, não convence mais, porque os tempos são outros. As gerações que estão protagonizando as mudanças aceleradas e diárias construíram uma nova cultura, com novos hábitos, formas de pensar e de agir diferenciadas, e requerem novas formas de intervenção e de interação.
É preciso, então, reinventar processos, métodos, formas diferenciadas de mediação nos processos de ensino e de gestão das instituições que trabalham com a educação. Precisamos experimentar o processo de renovação propagado pela parábola da águia, que após 40 anos precisa se renovar para poder continuar vivendo, ou morre. E quem não tiver espírito aberto e disposição para construir novas aprendizagens, um novo jeito de fazer educação, sairá perdendo. Seguramente, essa pessoa ficará em desvantagem nessa caminhada veloz, que não espera por ninguém, não dá tempo de lambuja para ninguém, que se justifica sempre dizendo que precisa de um tempo maior para se adaptar. Como diz a canção: “vem, vamos embora que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. Quem escolher acomodar-se e ficar para trás deixará de conhecer o prazer de vencer desafios, de superar seus próprios limites para acompanhar e viver em plenitude nesse tempo novo; perderá a chance de conhecer o prazer de viver, trabalhar e aprender um novo jeito de ser professor, de ser gestor e correrá o risco de se tornar um profissional sem condições de manter reciprocidade com as crianças e jovens deste novo tempo que aí está, exigindo um novo jeito de comunicação, de relacionamento e de mediação das aprendizagens que precisam construir. É a geração Y e Z.
Fica o convite: vamos nos desafiar a viver o processo de reinvenção cotidianamente e conhecer o delicioso sabor da superação, de nos reconhecer competentes por sermos capazes de viver novas experiências e fazer aflorar nosso potencial criativo e inovador. Isso é evoluir, crescer, amadurecer, transformar-se... Isso é viver em plenitude!
Cabe relembrar o que afirmou Alvin Tofler, célebre escritor e futurista norte-americano: “o analfabeto do século 21 será aquele que não souber aprender, desaprender e reaprender”.
Texto de Marisa Crivelaro da Silva é graduada em Letras, pós-graduada em Psicopedagogia e em Docência do Ensino Superior, possui MBA em Gestão Educacional, MBA em Comportamento Organizacional, além de ser mestre em Educação.

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