segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Aprendizagem





O estudo “Impactos da Pré-Escola no Brasil” revelou que as crianças que fazem pré-escola acabam por ter um desempenho melhor nas séries posteriores, principalmente nas matérias de matemática e português. O levantamento foi realizado pelo Centro de Microeconomia Aplicada da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A pesquisa teve como base os dados da Prova Brasil e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) referentes ao ano de 2005. De acordo com André Portela Souza, coordenador geral do estudo, a criança que é colocada na pré-escola apresenta, em média, redução no atraso escolar de cerca de um ano e dois meses e aumento na proficiência de matemática de 0,47 desvio padrão, o que corresponderia, segundo ele, a três anos a mais de escolaridade.
“É como se fosse quase cerca de um ano a mais de escolaridade no aprendizado. A criança que faz [a pré-escola] tem um ano a mais em termos de conteúdo quando chega à 4ª série”, disse Souza, durante apresentação de seu trabalho nesta semana, em São Paulo.
Segundo ele, em 2005, havia cerca de 10 milhões de crianças de 4 a 6 anos de idade no Brasil, dentre as quais 7,1 milhões frequentavam a pré-escola, o que corresponde a 72% do total. Nesse mesmo ano, o País destinava 5% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação. No entanto, a maior parte dos gastos era destinada para a educação superior. Ainda de acordo com Souza, em 2005, o Brasil dedicava o equivalente a 120% da renda per capita do País para cada aluno do ensino superior e um valor condizente a 10% dessa renda para cada aluno de pré-escola. “Investimentos educacionais na infância têm impactos duradouros”, afirmou o pesquisador.
Um resumo do estudo pode ser lido no livro Aprendizagem Infantil – Uma Abordagem da Neurociência, Economia e Psicologia Cognitiva, coordenado por Aloísio Araújo e lançado pela Academia Brasileira de Ciências. Na apresentação da obra, Araújo declara que “para corrigir as desigualdades educacionais e permitir um maior desenvolvimento econômico através da incorporação de um número maior de adolescentes em faixas mais elevadas de educação, é preciso fazer intervenções na fase mais precoce da criança”.
A apresentação da pesquisa “Impacto da Pré-Escola no Brasil” fez parte do workshop “Impactos da Educação Infantil: O Que Nos Diz a Evidência Empírica”, o qual foi realizado pela FGV nesta semana. Em todos os estudos apresentados, ficou clara a importância de se investir na educação infantil.
Com informações da Agência Brasil. Imagem: sxc.hu.

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