quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Inteligência se aprende


Durante décadas e décadas (e até séculos!), considerou-se e propagou-se que inteligência não se aprendia, ou ela era recebida hereditariamente ou a pessoa estava condenada a ser um menos, um súdito, um ser inferior, um eterno servidor dos que teriam sido agraciados com capacidades superiores e, portanto, tinham direito, digamos, divino, a desfrutar do melhor, à feição dos reis que eram tratados (e são!) como representantes de Deus na Terra. Segundos os tais “agraciados”, a inteligência seria como um dom concedido pelos deuses.

Ora, conhecimento é poder, que dizer-se, então, da inteligência, que é a faculdade que permite adquirir cada vez mais conhecimento, vale dizer, PODER; por isso, a inteligência transformou-se num tabu, numa interdição cultural só acessível aos iniciados. Falar-se em “ensinar inteligência” era algo que nem se cogitava, pois que ela era considerada hereditária, quando hoje sabemos que hereditária é a capacidade de aprender inteligência. E quando se rompeu esse tabu? É claro que esse tipo de coisa não se rompe de uma hora para outra. Ao longo de séculos, com toda certeza, houve quem suspeitasse que inteligência pudesse ser ensinada e aprendida, mas ninguém ousava manifestar-se, por temer a ir para a fogueira ou contrariar a ciência oficial, dogmática como sempre, não obstante sabermos todos que ela é sempre provisória.

Em nosso mundo “moderno”, podemos dizer que a visão errônea de que inteligência não se ensina nem se aprende foi rompida pela publicação do livro “Way Beyond the IQ – guide to improving intelligence and creativity”, de 1977 (“Para Além do Q.I. – um guia para melhorar a inteligência e a criatividade”), do psicólogo norte-americano J. P. Guilford, que já tinha estudado muito a estrutura do intelecto. Não se pense que estamos querendo dizer que foi ele quem tratou do assunto “ensinar inteligência” pela primeira vez. Queremos apenas lhe conceder a primazia de ter afrontado o mundo acadêmico com seu livro citado. Antes dele, muitos outros autores tocavam no assunto aqui e ali, mas nenhum psicólogo ou professor tenha tido a coragem de desafiar a ciência oficial. Guilford abriu o caminho para o mundo acadêmico aceitar que inteligência se ensina. Muitos outros autores, de antes e depois de Guilford, se detiveram no estudo da inteligência.

Mas o Dr. Guilford, não obstante seu excelente trabalho, limitou-se à inteligência das funções cognitivas, mais relacionadas ao hemisfério esquerdo do cérebro, quando hoje sabemos que a inteligência é algo muito mais abrangente que a inteligência que supostamente se mede pelos testes de Q. I. O desenvolvimento das funções cognitivas é muito importante, mas precisamos nos voltar também para a inteligência natural, nativa, a que permite o desenvolvimento das potencialidades humanas como elemento de autorrealização, aí incluída a própria inteligência racional. A inteligência é una, cuja totalidade não pode ser desfeita, mas deve ser tratada sob dois aspectos, o da grande inteligência, como função do organismo para a autopreservação e preservação da espécie e a inteligência racional, surgida já como uma necessidade gerada pelo outro aspecto. A inteligência está ligada ao psiquismo da pessoa, haja vista o papel da sugestão em grandes realizações humanas. A inteligência una, formada pela inteligência natural, nativa, mais a inteligência racional, é passível de ser ativada, como demonstram os ensinamentos da Emotologia.

Enfim, estamos vivendo numa época de grandes conquistas no terreno da mente, sendo esta de que inteligência se aprende talvez a maior de todas. Não está longe o dia em que as escolas vão ensinar inteligência, como uma disciplina curricular. Há muitos anos temos lutado por isso. Ah! Que dia feliz será este! Teremos ultrapassado o verdadeiro problema que se escondia atrás do rótulo de que inteligência não se aprende, rótulo esse que visava não a tornar algumas pessoas inteligentes, mas, sim, fazer que a maioria se sentisse inferior, pois a inteligência sempre foi tratada mais como um problema político que científico.

Professor Luiz Machado, Ph.D.
Cientista Fundador da Cidade do Cérebro®
Mentor da Emotologia.

Cérebro já tem zona pré-preparada para alfabetização

Estudo revela que a leitura melhora o processamento de estímulos visuais/
Estudo realizado em letrados, iletrados e ex-iletrados.
Identificaram-se, pela primeira vez, imagens detalhadas do impacto da aprendizagem da leitura no cérebro. Segundo o trabalho desenvolvido por diferentes equipes internacionais - onde se incluem dois cientistas portugueses -, “aprender a ler, mesmo na idade adulta, é uma experiência tão importante para o cérebro que ele redistribui alguns dos seus recursos, obrigando outras funções, como o reconhecimento facial, a abrir mão de parte da sua gleba”. Os resultados da investigação são publicados,on-line,na revista «Science».
Os investigadores, coordenados por Stanislas Dehaene, director da Unidade de Neuro- imagiologia Cognitiva do Inserm-CEA (França) e Laurent Cohen, da mesma estrutura, levaram a cabo o estudo com diferentes cientistas das universidades de Paris-Sul e Pierre e Marie Currie, entre outras, assim como com equipas portuguesas, brasileiras e belgas.

Paulo Ventura, da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa (UL) que participou na investigação, avançou ao «Ciência Hoje», que para experiência, mediram “a actividade cerebral de 63 participantes – de nacionalidade portuguesa e brasileira – divididos em três grupos: letrados (31), iletrados (dez) e ex-iletrados (22 pessoas que não frequentaram a escola com a idade normal e aprenderam a ler em adultos) através de Ressonância Magnética funcional (fMRI)”.

Paulo Ventura, comparando a actividade cerebral dos adultos analfabetos com a dos alfabetizados desde a infância ou em idade avançada, os resultados demonstraram que “existe uma actividade massiva resultante da leitura, tanto nas regiões visuais do cérebro como nas que são utilizadas para a linguagem falada”, explicou o cientista.

O investigador da UL sublinhou ainda que “é fundamental percebermos que uma aprendizagem cultural como a leitura tem um impacto muito grande sobre as respostas que o cérebro vai dar, quer sobre a informação escrita quer sobre a falada, e essas modificações podem ocorrer em qualquer idade”.

Uma das razões que leva a relevar a importância deste trabalho é o facto de a escrita ser “uma invenção demasiado recente para ter sido influenciada pela evolução genética humana”, e isso significa que o cérebro “já tinha áreas específicas preparadas para tratar a linguagem escrita e que todos temos zonas cerebrais que nos permitem desenvolver a leitura”, asseverou igualmente Paulo Ventura.

Competição nos hemisférios

José de Morais, outro investigador português, mas integrado na equipa belga (Universidade Livre de Bruxelas), explicou que “aquilo que à primeira vista não deveria ocorrer – modificações no córtex auditivo do iletrado, por falarem e perceberem a fala –, acontece também e verificam-se alterações na região do córtex temporal quando há tratamento fonológico, embora não seja feito da mesma forma”. Ou seja, os analfabetos “têm igualmente uma representação da fala, apesar de ser menos consciente”.



José de Morais: Mais importante para este investigador é perceber que “a estrutura já existia”, mas tinha “outra função” e, aquando da aprendizagem, “passa simplesmente a identifica palavras.” Neste caso, ocorre “uma espécie de ‘reciclagem’ das zonas cerebrais pré-existentes e dedicadas a outras funções” que se dedicará posteriormente a identificar símbolos da escrita e a liga-los com a linguagem falada.

No entanto, este aspecto levantou uma questão: «Será que existem consequências e que outras habilidades são afectadas?» José de Morais respondeu que sim e sustentou que “há uma espécie de estreitamento do hemisfério esquerdo – responsável pelo reconhecimento visual (rostos) – e dá-se uma passagem para o direito”. O investigador referiu ainda que ocorre uma “competição entre o tratamento das palavras escritas e o reconhecimento de caras”.

As conclusões mostram portanto que a leitura melhora o processamento de estímulos visuais orientados horizontalmente no córtex occipital e também conduz ao aparecimento de uma área especializada para palavras no córtex temporal.

A investigação englobou, paralelamente, populações brasileiras e portuguesas por serem de países onde, há dezenas de anos, era frequente as crianças não poderem ir à escola por estarem num ambiente social relativamente isolado e rural. Todos os voluntários incluídos eram pessoas socialmente bem integradas, de boa saúde e a maioria com emprego. A experiência foi realizada com fMRI, de ressonância 3 Tesla, no Centro NeuroSpin (Saclay, França) no caso dos portugueses e no Centro de Investigação em Neurociências do Hospital Sarah Lago (Brasil) para o segundo grupo.

Por Marlene Moura

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Feliz Ano Novo a todos os leitores do meu blog, meus amigos, colegas de trabalho, familiares!

Nas salas de aula não existe presença obrigatória

Nenhum aluno fica em classe se não estiver interessado. Pode até estar lá, sentado, para não ter falta. Mas seu coração e mente não estão presentes, só seu corpo. Problema do professor? Claro que grande parte dos mestres pensa que desinteresse de alunos não é seu problema, e lhes basta ter a consciência tranquila de estar cumprindo o programa de sua disciplina.
A questão não é simples. Uma série de fatores presentes na atualidade fez surgir agora uma geração que contesta o sistema como nunca acontecera antes. Penso que não se trata de uma degenerescência social, mas do produto do cruzamento entre a era da comunicação, agora com a internet, com o ímpeto do desejo de mudança dos jovens, melhor percebido desde 1968.
Nossos alunos de hoje, pesquisados, declaram que a maior utilidade que encontram na escola é a formação de sua rede de relacionamentos. Vemos que são também atraídos pelo diploma que, de alguma forma, pensam, deve facilitar sua vida. De resto, franzem o nariz: “não quero seguir o caminho de meus pais, que não são felizes”. Como esses jovens receberão o bastão do revezamento social?
Nesse contexto, nós, professores, só poderíamos mesmo nos sentir pouco desejados, e, por isso, pouco ouvidos e respeitados como mestres. Esse panorama, claro, não é geral, há ressalvas. A primeira é de uma parcela (estima-se em 20%) de jovens com vocação para o aprendizado – os curiosos que procuram informações, de todo tipo. Outra exceção é a de alunos de universidades públicas, na qual entraram por meio de uma rigorosa seleção, e que por isso tendem a valorizar o aproveitamento das aulas. Algo parecido acontece em escolas muito procuradas, onde o ingresso também é difícil. Finalmente, também são mais interessados os que se sacrificam, trabalhando de dia e estudando à noite, e entendem a necessidade do conhecimento para sua carreira.
Entretanto, no geral, vemos que quando a maioria dos alunos está na escola para “cumprir tabela”, a contragosto, não se pode esperar boa disposição deles para com os professores. Eles fazem parte da “chatice da escola”. São uma extensão dos pais, que dizem uma coisa e fazem outra. Jamais pode ocorrer ao aluno, nessa condição, procurar estabelecer com o professor uma relação que não seja a obrigatória, pouco mais do que responder a chamada. Por isso, se houver possibilidade de mudança, esta precisa vir do professor. Só ele pode tomar a iniciativa de estabelecer uma relação diferente. Ou constrói uma ponte e a atravessa para chegar ao aluno, ou fica deste lado falando sozinho, também cumprindo sua tabela, dentro de um contexto perverso. Cabe ao professor tomar a iniciativa, ainda que ele, pessoalmente, nada tenha a ver com a culpa de sua geração que construiu uma sociedade problemática. Cabe a ele, portanto, também usar a criatividade como uma ferramenta para que suas aulas possam ser mais aproveitadas.
Colegas professores, claro, a criatividade não resolve os problemas do ensino brasileiro, mas pode se tornar a ferramenta para fazer a diferença no seu trabalho pessoal. Sempre há campo para nós, mestres, nos colocarmos muito além da “obrigação básica do programa”. Se nos posicionarmos assim, e também a favor dos alunos, nunca nos conformando de antemão com seu pouco interesse, e se adicionarmos a magia da criatividade ao planejar nossas aulas, aí sim, teremos feito a nossa parte. Concluímos lembrando que mudanças não são fáceis, mas muitas vezes são necessárias.

Texto do professor José Predebon, organizador e co-autor do livro Profissão Professor (Cia dos Livros).

A generosidade da boa educação



Educar é conceder ao outro a possibilidade de sonhar, transcender, superar limites e desbravar novos horizontes em direção à sua própria história e à cidadania plena. Quem realmente educa colabora para a formação de uma sociedade culturalmente mais preparada, mais consciente, mais capacitada para criar e vivenciar experiências positivas e, por vezes, revolucionárias.
A boa educação deve vir acompanhada de doses maciças de afeto, de compreensão e, sobretudo, do entendimento de que o educando é um indivíduo único, peculiar, dono de um universo rico e, por vezes, pouco explorado. Cabe ao educador, primeiramente, orientá-lo na busca incessante de toda essa riqueza interior para, só então, libertá-lo para voos mais altos. Mais precisamente, o voo infinito do aprendizado.
Podemos sustentar a educação sobre três pilares: as habilidades cognitiva, social e emocional. A primeira delas corresponde à seleção de informações técnicas relativas a determinados temas. Demanda aprimoramento constante e capacita o indivíduo para o exercício pleno de uma profissão, por exemplo. A segunda habilidade, a social, tem sido cada vez mais exigida no mundo em que vivemos. Ela implica saber relacionar-se da melhor forma possível. Falar, ouvir, expressar-se com competência, ter capacidade para entender os problemas e as dores alheias. Na habilidade social, o respeito pelo outro é um requisito fundamental. Vivemos em uma sociedade plural, multicultural, divergente, marcada pelas diferenças sociais, políticas e, principalmente, econômicas. As relações são difíceis e complexas, mas, mesmo assim, ninguém arrisca viver sem a presença do outro. Ser só é algo contrário à natureza humana. Por isso, transitar entre grupos variados e de realidades diversas de forma hábil é uma vantagem, um diferencial.
No caso específico da educação e do universo que a compõe, podemos citar o comportamento do professor na sala de aula como exemplo de habilidade social. É preciso que ele esteja em total sintonia com os alunos e suas necessidades, evitando posturas autoritárias e repentes de superioridade. Tem de haver integração e um infinito respeito pela história pessoal de cada aprendiz. Já a habilidade emocional se constitui no principal elemento capaz de desenvolver o processo educativo. Ela visa à busca do nosso eu interior, do equilíbrio e do autoconhecimento. Por meio dela, as pessoas são capazes de acessar suas potencialidades, autoconfiança e energia para lutar sempre que for necessário. Não se intimidam frente às derrotas. Ao contrário, servem-se das experiências negativas para se fortalecerem e mudarem o rumo das coisas para melhor. A afetuosidade, apesar de ser condição imprescindível para uma boa educação, esbarra na necessidade de melhorarmos ainda mais o setor educacional no Brasil. O fato de sermos um país continental nos impõe desafios ininterruptos em diversas áreas, e a educação é uma delas.
A educação é um processo contínuo que transcende os lares e os muros das escolas. Educar é dar oportunidades para as crianças e jovens expressarem sua criatividade, brincarem, ousarem. Vivemos uma época ímpar. A era da informação, da tecnologia, da rapidez dos processos. Presenciamos mudanças e revoluções diárias. O novo invade nossos lares e nos faz aprender a cada dia. Como educar crianças e jovens nessa roda-viva? Qual a melhor maneira de fazê-lo? Como prender sua atenção? Conquistar seus olhares curiosos que demonstram sede de conhecimento? As salas de aula serão páreo para a rapidez e as cores do games virtuais, dos computadores, dos programas televisivos? Encontrar as respostas para todas estas questões não será tarefa fácil, mas, certamente, teremos uma busca menos árdua se tivermos em mãos o mapa que nos levará a elas. Um mapa precioso que indica com riqueza de detalhes o caminho do afeto. Todos ganharemos com isso, como sinalizou nosso mestre, Paulo Freire: “A grande generosidade está em lutar para que, cada vez mais, essas mãos, sejam de homens ou de povos, se estendam menos, em gestos de súplica. Súplica de humildes a poderosos. E se vão fazendo, cada vez mais, mãos humanas, que trabalhem e transformem o mundo."


Gabriel Chalita

Artigo divulgado na revista Profissão Mestre de junho de 2010

domingo, 12 de dezembro de 2010

A neuropedagogia é baseada na união de novas técnicas de ensino com a inteligência. O método pode ser eficaz em muitos casos.



Atualmente, as crianças recebem informação o tempo todo e convivem em um mundo de telas, cheio de mensagens midiáticas e audiovisuais. Para o autor de livros sobre comunicação, Joan Ferrés, doutor em Ciência da Informação, da Universidade Pompeu Fabra, de Barcelona, é importante saber a linguagem midiática. Segundo Ferrés, é papel da escola ensinar aos alunos o que de bom proveito é exibido na TV; pois “os pais não saberão ensinar algo que não entendam”.

A escola foi um dos meios culturais que menos desenvolveu, com o passar do tempo. A economia teve um grande crescimento nos anos 90, época que se tornou conhecida como a "década do cérebro". E, se a educação não tem mudado, nos últimos anos, uma das propostas desse autor é a Neuropedagogia, que consiste na união de novas técnicas de ensino com o cérebro humano. A questão levantada por Ferrés é: Se a economia foi submetida a uma mudança radical, e conseguiu evoluir, porque o mesmo processo não ocorre com a educação?

Um dos meios de comunicação que mais sabe como atingir as emoções das pessoas é a televisão. A TV é capaz de provocar emoções diretas em seu público-alvo e suas transmissões são feitas, propositalmente, com a idéia de despertar sensações no telespectador. Já em sala de aula, a maioria das mensagens não conta com estímulos emocionais competentes. Neste sentido, os assuntos são abordados de forma ‘passiva’, indiferente, e quem os aborda não sabe, ao certo, com quem está falando. Segundo Ferrés, o professor não se preocupa se a matéria é ou não um estímulo emocional competente para os alunos.

Para explicar melhor a teoria, Ferrés usa o caso do comercial de TV sobre automóveis, em que a modelo Claudia Schiffer aparece. O vídeo, através da mulher, consegue chamar a atenção do espectador, que associa a imagem de prazer e beleza ao carro da propaganda. É possível fazer com que o veículo se torne um estímulo emocional potente, devido à figura da moça vista na tela. “Essa habilidade nós não temos na educação”, conclui Ferrés.

Para educar, então, é preciso partir de um estímulo emocionalmente competente. É necessário converter o objeto de conhecimento em objeto de desejo. De acordo com a jornalista científica norte-americana Rita Carter, o cérebro humano é um sistema muito complexo. “Antigamente, na escola, havia métodos repressivos, ameaças, castigos, mas, atualmente, falta a motivação”, declara Carter.

Cidade do cérebro

Ensinando Inteligência

O Brasil comemora a posição no Pisa




Temos mesmo o que comemorar? Desde quando um 57º / 53º... lugar é algo comemorável?
Lamentável que alguns professores caóticos ainda sintam-se os perfeitos neste sistema ilusório...
Há colegas que dizem fazer um trabalho sem igual em sala de aula. “Eu crio aulas diferentes...uso sempre tecnologias diversas... proponho dinâmicas...”
Isso deveria ser o normal, não o “sem igual”!!! Mas não é o bastante...
O professor precisa conscientizar-se de que vivemos num outro tempo. Nossos alunos não são mais os mesmos. Estamos num período de transição bem importante: vivemos o meio entre as exigências do século passado e as novas exigências. É o período mais delicado e complexo para todos nós. Não estamos nem lá nem cá...
Precisamos preparar alunos para profissões que ainda não existem. E como?
Pois é... precisamos acima de tudo ter consciência disso. A decoreba indiscriminada não funciona mais... o conhecimento se amplia muito rapidamente... as tecnologias devem ser encaradas como aliadas da educação e não o contrário...
Enfim, precisamos rever nossos conceitos, nossos planejamentos, nossos objetivos enquanto escolas.
Investimentos em formação de professores é urgente que se faça!

E em sala de aula, que tal priorizar aquilo que não se perde em época nenhuma: “ler, compreender, interpretar, criticar, posicionar-se”. É disso que nosso aluno precisa para encarar qualquer momento tecnológico ou não.

Precisamos urgentemente rever nosso papel!!!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Para o Infantil...

COMO CONQUISTAR SEU FILHO SEGUNDO DOM BOSCO




Dez pontos básicos, segundo Dom Bosco, para ajudar e conquistar os filhos.
Os conselhos servem também para os nossos alunos.
Ótica básica: “Nós pertencemos a eles, não eles a nós!”.

1 – Valorize seu filho.
Quando é respeitado e estimado, o jovem progride e amadurece.
Ele sabe e sente que você está interessado nele apenas porque você gosta dele.

2 – Acredite no seu filho.
Mesmo os jovens mais “difíceis” trazem bondade e generosidade no coração.
Cabe a você procurar – e achar – esta disponibilidade inata.
Ouça-o. Acredite nele!

3 – Ame e respeite seu filho.
Dom Bosco disse: “Se você quer ser amado por alguém, ame-o antes”.
Mostre a ele claramente, que você está ao seu lado. Olhe-o nos olhos.
Nós é que pertencemos aos nossos filhos, não eles a nós.
Quem quer ser amado deve demonstrar que ama.
E você gosta de seu filho não porque tem por objetivo que ele goste de você.
Você gosta dele como Deus gosta da gente: sem cobranças, sem busca de retorno.
Você gosta dele porque você se sente feliz em vê-lo crescer como pessoa humana.

4 – Elogie seu filho sempre que puder (e ele merecer).
Seja sincero: quem de nós não gosta de um elogio?
Os jovens também gostam.
Eles precisam de um elogio e estímulo para prosseguir no caminho certo.
Um elogio custa pouco para nós.
Vale muito para nossos filhos – quando ele merecer.

5 – Compreenda o seu filho.
O mundo de hoje é complicado, rude, competitivo.
Muda todo dia.
Procure entender isto.
Coloque se na ótica de seu filho.
Procure entender porque ele está tão distante, tão longe de você.
Quem sabe ele não está desesperado, perdido, precisando de você, esperando apenas um toque seu?
“Amorevolezza” é uma palavra italiana que significa tudo que Dom Bosco dava aos jovens: amor, carinho, bondade, presença.

6 – Alegre-se com seu filho.
Tanto quanto nós, os jovens são atraídos por um sorriso. A alegria e o bom humor atraem os meninos como mel. Você vai ver como tudo fica mais fácil, mais gostoso e mais divertido quando nós “entramos na deles”.
Ninguém melhor do que Dom Bosco entendeu isto. Ele participava de seus jogos, de suas brincadeiras, de seu esporte.
Faça isto também. Principalmente, procure gostar disto. E você vai entender porque Dom Bosco é um Santo que aparece sempre sorrindo.

7 – Aproxime-se de seu filho.
No método preventivo de Dom Bosco, uma aproximação amiga com os jovens é fundamental.
Evita males maiores, porque você dá a oportunidade de aconselhar na hora certa, de prevenir, antes de remediar. Viva com seu filho.
Viva no meio dele.
Conheça seus amigos.
Procure saber aonde ele vai com quem está.
Convide-o a trazer seus amigos para sua casa.
Participe amigavelmente de sua vida.

8 – Seja coerente com seu filho.
Não temos direito de exigir de nossos filhos atitudes que não temos. Quem não é responsável não pode exigir responsabilidade. Quem não é sério não pode exigir seriedade. Quem não respeita não pode exigir respeito. E assim por diante. Às vezes somos rigorosos e rudes para esconder nossa própria fraqueza e falta de argumentos. O nosso filho vê tudo isto muito bem, talvez porque nos conheça melhor do que nós a eles.

9 – Prevenir é melhor do que castigar seu filho.
Dom Bosco, que foi um excepcional educador, sabia que
“a força corrige o vício, mas não corrige o viciado”.
No seu pensamento – e na sua prática – a educação preventiva permite dar a seu filho uma nova alegria e um novo sentido de viver.
Quem é feliz não sente necessidade de fazer o que não é direito.
O castigo magoa, a dor e o rancor ficam e separam você de seu filho.
Principalmente quando é dado na hora errada, quando você – ou o seu filho – estão discutindo sobre qualquer coisa.
Pense duas, três, sete vezes, antes de castigar.
Nunca com raiva. Nunca!

10 – Crie o bom hábito da prece com seu filho.
A religião precisa ser alimentada.
Quem ama e respeita a Deus vai amar e respeitar o seu próximo.
Quem for um bom cristão, na certa vai ser um bom cidadão.

“Quando se trata de educação não se pode deixar de lado a religião”, dizia Dom Bosco.
Extraído do subsídio, “Você e seu filho”, baseado no Método Preventivo de Dom Bosco.

Dia da família


Obrigada senhor pela minha família!

A importância das nossas escolhas...

A todos os meus queridos amigos e companheiros de vida...

domingo, 5 de dezembro de 2010

Novas mídias...

Mão na massa, colegas! Conheçam essa ferramenta e venham comigo criar o nosso!

Onde estou...

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Interdisciplinar: o que é isso?



Embora a palavra seja bonita e até difícil de pronunciar, percebemos que pouco sabemos de seu real sentido. Estudamos, lemos, debatemos e até nos arriscamos a falar sobre o assunto. No entanto, quando chega a hora de colocar em prática, não é difícil perceber que a realidade está bem distante do tema proposto.
Não é de hoje que teóricos como Kilpatrick, Dewey e outros sonharam com esse ideal. Tantos outros vieram depois deles, no exterior e no Brasil. Eles têm sonhado e tentado, da mesma forma, colocar em prática a interdisciplinaridade. Não podemos esquecer que a interdisciplinaridade tem a ver com a vida. É o processo de ensino-aprendizagem que prepara para o enfrentamento dos problemas do dia a dia. Esse é seu principal objetivo e, se colocado em prática, traz os resultados esperados. Se sabemos disso, por que, então, é tão difícil exercer a interdisciplinaridade?
A escola, como a conhecemos hoje, estruturou-se de tal forma segmentada, que se torna difícil alterá-la. A dificuldade se expressa, em primeiro lugar, na formação dos profissionais da educação. Esses profissionais, tão importantes e necessários, já vêm para o exercício de sua função com uma preparação segmentada. Desde a infância, frequentaram uma escola segmentada. Ao se prepararem para o magistério, sua formação continuou a ser segmentada. De um dia para o outro, eles se vêm diante da necessidade de exercer uma função para a qual não foram preparados. Seus orientadores, professores, mestres e até doutores quase sempre também não sabem o que é ser interdisciplinar. Há de se notar ainda, embora não se justifique, a vida difícil que leva o professor, tendo sua carga horária mais que completa, o que o impede de ter uma formação continuada, o que muitos desejariam.
Muitos profissionais que trabalham de forma interdisciplinar o fazem por perceber essa necessidade e tentam se adaptar a ela, transformando suas aulas em momentos de ensino-aprendizagem significativos para o aluno. Não é novidade para nós, educadores, que ninguém aprende aquilo que não quer aprender. Assim, o educador que consegue exercer a interdisciplinaridade pode considerar-se vitorioso e, sem dúvida, terá a atenção e o interesse em seus alunos, já que a interdisciplinaridade tem a característica de produzir o interesse e o desejo de aprender, porque coloca o aluno em contato com os problemas que enfrenta ou enfrentará em sua própria vida.
Vem-me à lembrança a figura do pedagogo como aquele que conduzia, antigamente, um único educando. Sua função era a de preparar, em todos os sentidos, aquele ser que lhe era confiado. É bem provável que essa figura exercesse sua função de forma interdisciplinar, ou até mesmo transdisciplinar, fazendo ligação entre as mais variadas áreas do saber, que davam, inclusive, base moral, cultural e psicológica ao indivíduo. O pedagogo acompanhava desde muito cedo a criança, ensinando a ela o que era de seu interesse e também o que deveria aprender, de acordo com o meio em que vivia e diante das dificuldades ou facilidades que enfrentaria na vida. Infelizmente, só tinham acesso a esse tipo de educação os filhos de famílias mais abastadas. Com o passar do tempo, começaram a se reunir pequenos grupos, em função da dificuldade de se encontrar e, inclusive, manter um profissional assim, de forma particular.
Não há dúvida de que, para atender vários alunos, o ensino segmentado é mais fácil de ser conduzido. Da mesma forma, há de se levar em conta que, hoje, com classes que chegam a 45 alunos ou mais, também é difícil conduzir o ensino de forma interdisciplinar, visando atender as necessidades de cada um. Não é difícil chegar à conclusão de que ser professor/educador não é para qualquer um. Educar de forma interdisciplinar também não o é. É um desafio constante, uma busca constante de aperfeiçoamento, de estudo, de conhecimentos, para identificar a melhor maneira de atingir esse ou aquele aluno da forma como precisa ser atingido. Na verdade, para ser interdisciplinar, o professor precisa amar, e muito, o que faz.
O professor interdisciplinar terá sua formação acadêmica em determinada área, já que a graduação nos prepara dessa forma. Mas saberá buscar os conhecimentos necessários em outras áreas ou aplicar os conhecimentos ensinados à vida do aluno, tornando esse ensino interdisciplinar e altamente prático para a vida do educando. Se ninguém aprende o que não quer aprender, também é verdade que a aprendizagem significativa, que liga as áreas do saber e permite colocar na vida prática o que se aprendeu, é rapidamente assimilada pelo aprendiz.
Como professores, precisamos buscar o conhecimento, a criatividade, a melhor maneira de atingir nossos alunos. Um dos caminhos excelentes é a Interdisciplinaridade. É um grande desafio para o educador de hoje, mas, sem dúvida, um desafio que vale a pena enfrentar, para ver logo à frente o resultado do investimento feito em sua própria formação.

Texto de Mary Hebling de Lima, escritora, pedagoga, psicopedagoga, mestranda em Educação, Arte e História da Cultura, pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Obrigada, amigos do CAP!






Aos meus colegas e amigos de trabalho que comigo estiveram durante esse ano...
partilhando de minhas conquistas...
estimulando meus sonhos...
segurando em minhas mãos nas horas de melancolia e tristeza...
rindo comigo dos nossos próprios deslizes...
testando as mais variadas dietas para emegrecer...
fazendo acontecer os projetos doidos...
e acima de tudo: estavam do meu lado! Não porque precisavam, mas por que assim desejavam...
O meu eterno OBRIGADO!!!

Feliz Natal!

Que Deus nos mantenha juntos nos anos que estão por vir!

Obrigada, meu DEUS!

A importância da interpretação textual







A leitura faz parte de nosso dia a dia, seja na escola, nas tarefas de casa, durante algum percurso que fazemos, enfim, em todos os momentos ela está presente.

O fato é que quando a praticamos, muitas vezes não paramos para pensar sobre a sua verdadeira importância, ou seja: até que ponto este ou aquele texto fez sentido para nós enquanto mantínhamos contato com ele?

Você sabe o porquê dessa pergunta?

Muitas vezes, principalmente na escola, a professora sugere uma leitura e, logo em seguida, ordena que seja feita a interpretação referente ao texto lido. Mas como realizá-la, se não lembramos quase nada daquilo que acabamos de ler? Quando isso acontece é porque ainda não temos a habilidade necessária a todo bom leitor.


Essa habilidade em saber interpretar um texto, pelo fato de ser muito importante, precisa ser rapidamente conquistada, pois ela nos ajudará em todas as disciplinas, a começar por aquele probleminha de matemática....
Ah! Quantas vezes o lemos e não conseguimos resolvê-lo, não é verdade?

Pois bem, o mais importante nessa atividade é sabermos decifrar qual a mensagem que um determinado texto quer nos transmitir e, para isso, é essencial analisarmos alguns pontos.

Precisamos estar atentos ao título, uma vez que ele nos fornece pistas sobre o assunto que será tratado posteriormente. Logo após, surge o primeiro parágrafo que, dependendo do texto, revela os principais elementos contidos no assunto a ser discutido.

Geralmente, nos parágrafos seguintes, o emissor (a pessoa que escreve) costuma desenvolver toda a sua ideia de um modo mais detalhado e, ao final, faz um uma espécie de “resumo” sobre tudo o que foi dito, para não deixar que nada fique vago, sem sentido para o leitor.

Até aqui falamos sobre a forma pela qual o texto se constrói, mas há também outro detalhe que não podemos nunca nos esquecer: a pontuação. Às vezes, uma vírgula pode mudar o sentido de uma frase, os pontos de interrogação e exclamação dizem tudo sobre as “intenções” do autor, ou seja, ele pode deixar uma pergunta para refletirmos, pode também elogiar ou fazer uma crítica, utilizando o ponto de exclamação, concorda?

Assim sendo, resta ainda dizer que nem sempre numa primeira leitura podemos identificar todos os elementos necessários a uma boa compreensão. Caso a mensagem não fique clara ao nosso entendimento, realizamos uma segunda, desta vez um pouco mais atenta, dando importância aos sinais de pontuação, como também analisando cada parágrafo e retirando dele a ideia principal.

Agindo assim, considere-se um leitor competente!!!

(Por Vânia Duarte Graduada em Letras / Equipe Escola Kids)

Cartilha do educador: apoio à aplicação da neuropedagogia



(Download completo da obra no site "Aprender Criança")

A Importância da biblioteca como espaço de aprendizagem...

"É na biblioteca da escola – por oferecer acesso democrático aos recursos e ferramentas necessários para a aprendizagem –, onde podemos aprender a lidar melhor com a informação: matéria-prima para a criação de novos conhecimentos. Por outro lado, tradicionalmente reconhecida como o espaço da leitura por excelência, a biblioteca precisa ir além de ações meramente de incentivo à leitura para desempenhar plenamente sua função.
Capacitação informacional é o conjunto de competências necessárias para acessar, interpretar, selecionar e utilizar a informação de forma ética e criativa. É o que dará condição ao estudante de aprender ao longo da vida e de enfrentar novas situações e desafios num mundo de mudanças tão rápidas e impactantes como o atual. De acordo com os Parâmetros para o Aprendiz do Século 21, a noção de capacitação informacional evoluiu da simples definição “uso de fontes de referência" para "localizar informação”. Competências múltiplas, inclusive a digital, a visual, a textual e a tecnológica somaram-se à capacitação informacional como cruciais para o aprendiz do nosso século."

(Retirado de Educação em Pauta)

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Uma professora apaixonada pelo ato de aprender e ensinar!!! Amo o que eu faço e procuro ampliar cada dia mais minhas aptidões,assim posso fazer melhor o que me proponho a fazer: Ensinar de verdade!!!