terça-feira, 21 de setembro de 2010

Aprender pode ser divertido!!!


"Que angustiante contraste entre a brilhante inteligência das crianças e a fraca mentalidade do adulto médio"

Sigmund Freud

Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.



Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo.

Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.
Rubem Alves

domingo, 19 de setembro de 2010

:: Antônio Peixoto (Florianópolis): educar através da pesquisa

Falando de Identidade na Escola - Feira de Objetos Antigos

Por Josane Fernanda Lisboa *

Vamos falar de identidade? Sim vamos. Esta foi a minha proposta com a feira de objetos antigos no Colégio Antonio Peixoto, realizada pelos alunos do Segundo Ano do Ensino Médio. Temos que falar de ética e moral? Temos, mas precisamos urgentemente falar de valores, de família. Assim sempre entramos neste debate nas nossas aulas evitando conceitos já pré-estabelecidos, mas fazendo-os pensar sobre isto. Quando defendi esta proposta metodológica , no início muitos alunos disseram que não tinham nenhum objeto para expor mas depois todos estavam prontos para fazer a sua exposição. A proposta vem do pensamento ligado ao estudo da sociologia nas escolas e a realidade do aluno, onde conceitos importantes são discutidos: identidade juvenil, conhecimento de si - aluno, conhecimento da turma, história de vida, noção de sujeito histórico, cultura, culturas juvenis, manifestação e diversidade cultural e noção de patrimônio histórico . Muitas vezes, nós, educadores , nos prendemos a salientar à nossos alunos a importância do patrimônio histórico por exemplo , mas não o fazemos pensar como isso é importante para a preservação da cultura, da nossa história. Conceitos existem em apostilas e livros didáticos e são importantes para um embasamento teórico, mas devemos nos preocupar em inovar nossas aulas e a feira de objetos antigos que realizamos foi com o objetivo de uma educação mais cientifica , voltada para a pesquisa , lembrando do pensamento de Pedro Demo: “ Educar pela Pesquisa” . Se fala tanto em pesquisa cientifica, mas a pesquisa na educação tem que ser valorizada . A teatralização é um grande caminho para isso , os alunos podem incorporar uma época, uma situação vivida , se tornando assim o instrumento daquela ação e essa é a proposta do meu projeto. “ A maneira pela qual a informação é tratada como produto descartável pela sociedade, se faz necessário grandes mudanças no universo estudantil. Existe ai grandes possibilidades para produção do conhecimento científico e ao mesmo tempo a transformação de valores em escala social. Quanto mais próximo do conhecimento científico o educando estiver, mais chances haverá desse conhecimento sobreviver por mais tempo e não apenas até o dia da avaliação como se tem em vista. É necessário que o educando perceba a informação científica como um meio para sua formação como cidadão crítico, e o teatro, como ferramenta pedagógica, pode ser uma ponte para essa percepção, se tornando uma porta de abertura para a difusão do conhecimento científico entre os alunos em sala de aula”(.BIZZO, N. Ciência Fácil ou Difícil. São Paulo: Ática. 1998) Falar de identidade e cultura é preparar nossos alunos para discutir e o mais difícil, produzir algo sobre o assunto. A feira trouxe para o pátio do colégio objetos muito antigos e até uns mais recentes, para nós é claro. As explicações de nossos alunos iluminaram o olhar dos educadores, pois estavam falando de herança cultural, o que sempre deve ser resgatado junto aos conceitos da prática da ética e da moral, tantas vezes discutidas em palestras educacionais e em temas de redação dentro dos vestibulares. Observar e discutir a cultura local, da nossa família, resgata valores e aproxima pais e filhos. É importante o educador ter consciência da época em que este aluno vive, ou seja, o que é antigo para ele muitas vezes não é para nós. Mas o que realmente vale a pena é que rompemos as paredes da sala de aula (Paulo Freire ), saímos um pouco das apostilas e dos livros e fomos para uma cultura prática e então um enfeite da sala ou um móvel antigo virou conteúdo de aula . E lá estavam eles, nossos alunos, com aqueles objetos, explicando para todos os alunos do colégio, inclusive para os pequeninos, que cultura não é apenas um conceito, é a forma de mostrar a nossa história, a nossa identidade . Falando da cultura local com certeza estarão produzindo novos conhecimentos e gerando um aprendizado significativo.





* Josane Fernanda Lisboa, historiadora , Especialista em Políticas Públicas , professora da Rede Privada de ensino e Formadora de Educadores em todo o Estado de Santa Catarina .
Lei, palmada ou diálogo?

Palmada no passado era método pedagógico e, portanto, pais e professores tinham direito legítimo de uso. Mas os estudos evoluíram e hoje sabemos que castigo físico não garante aprendizagem. Pode até parecer que garante porque, como ninguém gosta de apanhar, inibe comportamentos inadequados mais rapidamente. Na ausência do agressor, porém, a atitude criticada reaparece. O que revela que não houve aprendizagem de fato. Portanto, a discussão não deve ser se bater deve ser proibido por lei, mas de que forma conscientizar quem educa – em todas as instâncias – de que, com objetivos claros, segurança e afeto, se conseguem melhores resultados do que com agressão física.
Se parece que nossos antepassados conseguiram mais com os jovens do que se consegue hoje, seguramente não foi porque nossos avôs batiam nos filhos... O que ocorreu foi que uma série de fatores se conjugou nas últimas décadas, tornando educar um desafio gigantesco: a influência das novas mídias exacerbando o consumismo; a corrupção (e a impunidade) por parte dos que deveriam dar o exemplo aos mais jovens; a desestruturação da família; a ausência de ambos os pais em casa são apenas alguns deles. Com isso, os pais acabaram perdendo o foco do que é realmente importante. Muitos hoje consideram sua tarefa principal “fazer o filho feliz”, o que acaba resultando em apenas satisfazer desejos e vontades. Anteriormente, era “fazer dos filhos homens de bem”, significando priorizar fundamentos éticos na educação. E isso se alcança com muito diálogo, ensinando a pensar e a não se deixar conduzir por mídias ou grupos. No entanto, é tarefa quase inexequível para quem não tem certeza do que é prioritário.
Em vez de novas leis, o que a sociedade precisa é realocar a ética – para si e para as novas gerações; também fundamental é resgatar conceitos deturpados. Afinal, autoridade não é sinônimo de autoritarismo; democracia e liberdade não significam fazer apenas o que se tem vontade. Como se ensina isso: com lei ou com palmada? Nem com um, nem com outro.
Obviamente, ainda há muito a ser feito quanto à inclusão e melhoria da qualidade do ensino, multiplicação do número de bibliotecas públicas e disseminação do hábito de leitura. No entanto, os avanços são inegáveis nos 188 anos de nossa Independência, comemorados no 7 de setembro de 2010. Em todo esse período, o livro tem sido um dos protagonistas dos processos de transformação política e social, pois a conquista do conhecimento é essencial para credenciar pessoas e povos à plena liberdade!
A nossa é a geração do diálogo, a que acreditou que a melhor forma de comunicação interpessoal se faz através da discussão e da troca de ideias. Mas será que, na prática, o diálogo está efetivamente acontecendo? Pais e filhos, professores e alunos, colegas de trabalho estão verdadeiramente sabendo ouvir, falar e reivindicar? Infelizmente, não. São muitos os que não sabem dialogar. Alguns usam o diálogo como bandeiras para alcançarem o que desejam e, em seguida, se mostram autoritários, fazendo com isso grassar a desesperança e a descrença entre os jovens. Outros o abandonam à primeira dificuldade. Entender-se de verdade com o outro, mantendo a ética e o equilíbrio frente a opiniões e objetivos contrários aos seus, é tarefa difícil - e raros são os que dominam tal competência.
Quem é autoridade e deseja exercê-la de forma a congregar, alcançar adesão e favorecer a afetividade – seja pai, chefe ou professor – deve utilizar o diálogo como forma de busca de entendimento. Todos – líderes e liderados – precisamos estar cientes, porém, de que nem sempre seremos atendidos em tudo. É o que torna o diálogo tão difícil: a expectativa utópica de que, através dele, todos os anseios se concretizem. Ocorre, porém que entendimento não é atendimento. Não se pode supor que só houve diálogo quando atendem a tudo o que desejamos; diálogo é troca, análise, decisão; não é imposição.
No diálogo verdadeiro não há vencedores nem vencidos, há, isso sim, pessoas ou grupos que se ouvem sem pré-julgamentos; há respeito recíproco e intenção concreta de analisar argumentos e reivindicações. E, mais importante: há, ao final, aceitação das decisões tomadas pelo grupo ou pela autoridade – ainda que nem sempre tais decisões contemplem, no todo ou em parte, aquilo que todos e cada um desejavam.

Texto de Tania Zagury, filósofa e mestre em Educação.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Trio gestor: quem faz o que

Conheça as responsabilidades de cada função do trio gestor

Diretor
- Responde legalmente, judicialmente e pedagogicamente pela escola
- Assegura, acompanha e controla os materiais e os recursos financeiros da escola
- Articula o relacionamento com a comunidade interna e externa escola
- Colabora nas decisões da rede e concretiza as políticas públicas na escola
- Lidera a elaboração e revisão do projeto político-pedagógico
- Garante as condições para o cumprimento do projeto
- Assegura e acompanha os momentos de planejamento e estudo da equipe
- Cuida do desenvolvimento dos profissionais
- Levanta, analisa e acompanha o desempenho dos alunos
- Desenvolve projetos institucionais em parceria com o coordenadores e equipe
- Articula a equipe para o planejamento e a realização das reuniões de pais
- Elabora o cronograma e realiza reuniões regulares com os diferentes segmentos da escola
- Orienta a organização do espaço e assegura a exposição das produções dos alunos
- Garante o acesso ao acervo da escola

Coordenador pedagogico

- Coordena os momentos de formação em serviço dos professores
- Participa junto com os professores do planejamento das atividades e acompanha sua realização
- Observa aulas dos professores para ajudá-los no desenvolvimento das atividades
- Realiza com os professores nas reuniões de pais
- Colabora na elaboração do projeto político-pedagógico
- Cuida para que o projeto seja cumprido no dia a dia
- Acompanha e analisa junto com os professores o desempenho dos alunos
- Realiza, organiza e mantém os registros do trabalho pedagógico
- Realiza reuniões regulares com o diretor para analisar as condições e o processo de ensino e da aprendizagem
- Organiza junto aos professores a exposição das produções dos alunos
- Analisa e divulga o acervo da escola

Supervisor

- Sistematiza as diretrizes curriculares da rede
- Coordena e acompanha a formação de coordenadores e diretores
- Acompanha, organiza e mantém registros da formação continuada na rede
- Realiza e levanta estudos e pesquisas
- Articula a troca de experiências entre os profissionais das escolas
- Acompanha e articula a execução dos projetos político-pedagógicos das escolas com o Pano Educacional da Secretaria
- Acompanha e auxilia o trabalho dos gestores e coordenadores
- Avalia o desempenho dos alunos e indicadores de aprendizagem das escolas
- Participa de comissões sindicantes
- Acompanha o cumprimento dos dias letivos

Fonte: Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/diretor/trio-gestor-quem-faz-531894.shtml

Quem sou eu

Minha foto
Uma professora apaixonada pelo ato de aprender e ensinar!!! Amo o que eu faço e procuro ampliar cada dia mais minhas aptidões,assim posso fazer melhor o que me proponho a fazer: Ensinar de verdade!!!