terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Mãos dadas




Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considere a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história.
Não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista na janela.
Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida.
Não fugirei para ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

O encontro pedagógico promovido pelo SINEPE-SC foi maravilhoso!

Clóvis Amorim e Cortella deram um show!!! Falaram, de forma muito descontraída do dia-a-dia do professor. Mais do que "receitas", nos deixaram questionamentos imprescindíveis...
Darei mais detalhes amanhã, pois agora preciso atender meu filho Henrique, que precisa desfrutar um pouco de sua MÃE!
Como aperitivo, deixo a seguinte questão, apontada por Cortella: qual é o nosso ofício? A nossa obra? O que deixaremos como marca de nossa vivência?
Pensemos nisso...

domingo, 8 de fevereiro de 2009

A leitura em último lugar...

A leitura em último lugar - Gabriel Perissé( Fragmento)
Precisamos pensar, usar mais o ponto de interrogação!
O jovem brasileiro simplesmente lê mal ou será que mal viu seus pais lendo e por isso nunca experimentou o bem que isso faz à nossa visão de mundo?
E se os pais não leram, e portanto não deram o exemplo mais poderoso (o exemplo familiar), não o fizeram por quê? Por falta de livros nas estantes ou por falta de uma consciência da importância insubstituível da leitura?
O jovem brasileiro não lê? Mas não lê o quê? Não lê Machado de Assis e Alcântara Machado? Alguém vai querer nos convencer de que os dois Machados são autores para jovens? E o fenômeno Harry Potter? Será tão difícil perceber que os jovens (e as crianças... e os adultos) gostam de ler boas histórias, e aí não há livro de 500 páginas que assuste?
O ponto realmente problemático não é que a escola brasileira seja incapaz de ensinar a ler. Nem a escola nem os professores são os grandes culpados, embora não devamos diluir sua responsabilidade.
Precisamos criar um ambiente favorável à leitura, com a valorização de quem lê. Os bons leitores precisam de mais espaço e reconhecimento na TV, nos jornais, no próprio sistema de ensino. Precisam sair do último lugar!
Se o Brasil ficou em último lugar nesse "Campeonato da Leitura" é porque a leitura no Brasil está em último lugar.
Precisamos virar o jogo.
Precisamos convocar e ouvir nossos grandes leitores.

Esquecer- Rubem Alves

Era uma menina de nove anos. Caminhava segura à minha frente. O diretor da Escola da Ponte lhe pedira que mostrasse e explicasse a escola. Fiquei ofendido. Esperava que ele, diretor, me respeitasse como visitante estrangeiro e me mostrasse e explicasse a sua escola. ´Chegando à porta da escola ela parou, deu meia volta, olhou-me nos olhos e me disse: "Para o senhor entender a nossa escola o senhor terá de se esquecer de tudo o que o senhor sabe sobre escolas...". Decididamente ela se dirigia a mim de uma forma petulante. Então eu, um educador velho que tenho a estar a pensar sobre as escolas desde menino, com a cabeça cheia de livros, teorias e experiências, deveria esquecer-me do que sabia? A menina estava certa. Meu espanto era sinal de que ela acabara de me aplicar um "koan" - um artifício pedagógico dos mestres Zen. Para aprender coisas novas é preciso esquecer as velhas. O que sabemos torna-se hábito de ver e de pensar que nos faz ver o novo através dos óculos do velho - e o transforma no que sempre vimos, e tudo continua do jeito como sempre foi. Roland Barthes, ao final de sua famosa Aula, disse que naquele momento de sua vida se dedicava a desaprender o que havia aprendido para aprender o que não havia aprendido. Não havia aprendido porque a memória do sabido havia bloqueado a aprendizagem. "Empreendo, pois, o deixar-me levar pela força de toda a vida viva: o esquecimento. Vem agora a idade de desaprender, de deixar trabalhar o remanejamento imprevisível que o esquecimento impõe à sedimentação dos saberes, das culturas, das crenças que atravessamos..." Para entendê-lo, é preciso que você ponha seus saberes entre parêntesis, que veja o mundo pela primeira vez, como sugeriu Alberto Caeiro. Se não fizer isso, a leitura será inútil. Você continuará a ver o mundo velho que já conhecia. Para um pássaro engaiolado o mundo tem barras... A psicanálise é uma pedagogia do esquecimento. Freud percebeu que as pessoas, por causa da memória, ficam prisioneiras do passado. Os neuróticos repetem o passado. Sua memória é a sua teoria do futuro. O presente e o futuro são como minha memória diz. Por isso são incapazes de ver o novo. "Uma cobra que não pode livrar-se de sua casca perece. O mesmo acontece com aqueles espíritos que são impedidos de mudar suas opiniões; cessam de ser espírito." (Nietzsche)Os mestres Zen eram mestres de um tipo estranho: não tinham saber algum para ensinar aos seus discípulos. Sua atividade pedagógica se resumia em passar rasteiras nos saberes que seus discípulos traziam consigo. ( Se há "construtivismo", os mestres Zen eram "desconstrutivistas"... ). Eles perceberam que os saberes que pensamos são semelhantes à "catarata": uma nuvem que obscurece os olhos. Para operar a catarata dos seus discípulos, se valiam dos "koans". Um "koan" é uma afirmação que "desconstrói" o nosso saber como um terremoto derruba uma casa. Quando a nuvem de pretenso saber é retirada, o discípulo vê o que nunca havia visto. Experimenta o "satori", a iluminação. Quando a menina me disse que eu tinha de me esquecer do que sabia sobre escolas ela me aplicou um "koan". E passei a ver as escolas como nunca havia visto. Esse é o evento que marca o nascimento de um educador: olhos novos para ver o que nunca se viu

Trabalhando os processos de leitura em sala de aula

De acordo com os PCN de Ensino Fundamental, os textos literários considerados para o trabalho com a leitura são:


O conto, a novela, o romance, a crônica, o poema e o texto dramático.


As aulas de leitura teriam como objetivos específicos o desenvolvimento de habilidades de inferência, análise e síntese, percepção de informações implícitas e da relação entre os textos e os seus mecanismos de construção e organização.


Os conteúdos a serem trabalhados seriam a ambiguidade, a ironia, as figuras de linguagem, a intertextualidade, os pressupostos e subentendidos, o contexto linguístico e extralinguístico etc.


Para Kleiman (2004b), identificar o contexto linguístico do texto é importante para que seja ensinada e aprendida a habilidade de inferência lexical, que facilitaria a leitura do aluno quando se deparasse com um léxico desconhecido, principalmente em um texto literário. A fim de evitar a dependência do uso do dicionário e o estacionamento na leitura por não se reconhecer de imediato uma ou mais palavras, o ensino de estratégias de inferência lexical e o reconhecimento de pistas lingüísticas através de palavras-chave, torna o leitor mais ágil na leitura.


Segundo Antunes (2003), as pistas que o texto oferece ao leitor, não são tudo o que ele precisa para entender um texto. A interpretação de um texto depende em grande parte de outros conhecimentos além do conhecimento da língua. O conhecimento de mundo do leitor somado às pistas e informações que o texto traz, formam uma rede de reconstruções do sentido e das intenções pretendidas pelo autor.


Portanto, antes de se pensar em um programa de incentivo à leitura nas escolas não se pode deixar de diagnosticar a realidade sociocultural dos alunos e da comunidade em volta da escola. Quais são seus gostos? Seus anseios e sonhos? Reconhecem a importância da leitura e da literatura? Quais são suas experiências de leitura?


Segundo Silva (2003b: 103), O ensino de leitura sempre pressupõe três fatores: as finalidades, os conteúdos (textos) e as pessoas envolvidas no processo, ou seja, as características dos alunos e da turma a ser trabalhada. Sem a presença desses três fatores, o trabalho com a leitura / literatura corre o risco de se tornar vazio ou um “receituário” em que se repetem esquemas já prontos.

Para se conseguir que o aluno se torne um leitor crítico, o ensino deve colocar o texto como uma possibilidade de reflexão e recriação, associando a atividade de leitura à produção de outros textos pelos alunos e facilitando a expressão de suas visões sobre o texto.


Porém, sabe-se que o professor encontra-se diante de uma realidade educacional que não permite em termos de estrutura, um trabalho diversificado em suas aulas. Para criar e inovar o professor precisa investir em sua formação continuada e em uma constante atualização.
Além das causas pedagógicas, que dificultam o desenvolvimento das habilidades de leitura / interpretação de textos, existem também as causas políticas e sociais, que condicionam a desigualdade de condições de acesso à leitura e ao livro no Brasil.


A maioria dos alunos de escolas públicas não têm condições de adquirir livros variados. A única opção de leitura destes alunos são os textos jornalísticos, que são mais baratos para aquisição e possuem uma linguagem mais próxima à sua realidade cotidiana. E os momentos na sala de aula talvez sejam os únicos momentos de leitura a que estes alunos estejam expostos.


Diante deste quadro, percebe-se uma distância entre teoria / prática, ensino / pesquisa que evidencia as contradições da realidade brasileira. O consumo da leitura repete as desigualdades no consumo dos bens materiais.

Em contrapartida, os alunos em resposta a um questionário de pesquisa realizado em uma escola pública noturna, demonstraram valorizar aulas dinâmicas, com músicas, poesias e filmes. Se os professores conversarem mais com seus alunos; promoverem debates sobre a leitura, sua importância e o prazer de ler; se procurarem investigar seus interesses e dificuldades, com certeza receberão muitas ideias e respostas positivas por parte deles.



Mesmo com falta de recursos da escola brasileira nos dias atuais, o professor deve e pode fazer alguma coisa dentro da sua realidade de sala de aula para amenizar as dificuldades de leitura dos alunos e sua resistência aos textos literários.


O texto literário deve ser discutido e analisado por professores e alunos, numa relação de diálogo, trocas e respeito à fala e à voz do aluno, bem como às suas leituras anteriores.

A Literatura, como toda arte, é a expressão do próprio homem. Como expressão humana, conduz ao autoconhecimento e por sua natureza ficcional, à imaginação. Num mundo tão conturbado como o nosso, a literatura é o espaço da criação, da liberdade de pensar, retirando a criatura da escravidão de pensamentos, da passividade própria de uma sociedade dominadora. Ela desenvolve a criatividade humana, leva a refletir sobre o indivíduo e a sociedade.

Por isso, a despeito de todo desprezo que possa sofrer nas mãos de determinadas políticas educacionais, a Literatura deve ser trabalhada de forma livre e criativa, aproveitando seu permanente diálogo com outras artes como a música e o teatro, para favorecer uma crescente aproximação do texto literário com o aluno.





BIBLIOGRAFIA


ANTUNES, Irandé. Aula de Português: Encontro e Interação. São Paulo: Parábola, 2003.


GERALDI, Wanderley João (org.). O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 2004.


KLEIMAN, Ângela B. Leitura: Ensino e pesquisa. São Paulo: Pontes, 2004ª.


––––––. Oficina de leitura: Teoria e Prática. São Paulo: Pontes, 2004b.


MAGNANI, Maria do Rosário M. Leitura, Literatura e Escola: sobre a formação do gosto. São Paulo: Martins Fontes, 2001.


MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio: Área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Brasília: Secretaria de Educação Média e Tecnológica / MEC, 1999.


––––––. Parâmetros Curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: Língua Portuguesa. Brasília: MEC / SEF, 1998.


SILVA, Ezequiel T. da. Elementos de uma Pedagogia da Leitura. São Paulo: Martins Fontes, 2003a


––––––. Leitura na Escola e na Biblioteca. São Paulo: Papirus, 2003b.


ZILBERMAN & SILVA. Literatura e Pedagogia. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1990.

Dez coisas que levamos anos para aprender... e muitos não aprendem.....

Dez coisas que levamos anos para aprender... e muitos não aprendem.....

1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom ou empregado, não pode ser uma boa pessoa. (Esta é muito importante. Preste atenção, nunca falha)

2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas. (Tá cheio de gente querendo te converter!)

3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance. (Na maioria das vezes quem tá te olhando também não sabe! Tá valendo!)

4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca. (Deus deu 24 horas em cada dia para cada um cuidar da sua vida e tem gente que insiste em fazer hora-extra!)

5. Não confunda sua carreira com sua vida. (Aprenda a fazer escolhas!) Essa é DEZ!

6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite. (Quem escreveu deve ter conhecimento de causa!)

7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria 'reuniões'. (Onde ninguém se entende... Com exceção das reuniões que acontecem nos botecos...) Essa é MIL!!!

8. Há uma linha muito tênue entre 'hobby' e 'doença mental'. (Ouvir música é hobby... No volume máximo às sete da manhã pode ser doença mental!)

9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito. (Que bom!!!!!)

10. Lembre-se: nem sempre os profissionais são os melhores. Um amador construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic. (É Verdade mesmo!!!)

Origem do Carnaval

Ao contrário do que se imagina, a origem do carnaval brasileiro é totalmente européia. A comemoração carnavalesca data do início da colonização, sendo uma herança do entrudo português e das mascaradas italianas. Somente muitos anos mais tarde, no início do século XX, foram acrescentados os elementos africanos, que contribuíram de forma definitiva para o seu desenvolvimento e originalidade.
Foi, portanto, graças a Portugal que o entrudo desembarcou na cidade do Rio de Janeiro, em 1641. O termo, derivado do latim "introitus", significava "entrada", "começo", nome com o qual a Igreja denominava o começo das solenidades da Quaresma.
No entanto, as festividades do entrudo já existiam bem antes do Cristianismo, eram comemoradas na mesma época do ano e serviam para celebrar o início da primavera.
Tanto em Portugal, como no Brasil, o Carnaval não se assemelhava de forma alguma aos festejos da Itália; era uma brincadeira de rua muitas vezes violenta, onde se cometia todo tipo de abusos e atrocidades. Era comum os escravos molharem-se uns aos outros, usando ovos, farinha de trigo, polvilho, cal, goma , laranja podre, restos de comida, enquanto as famílias brancas divertiam-se em suas casas derramando baldes de água suja em passantes desavisados,
Foi esse Carnaval mais ou menos selvagem que desembarcou no Brasil com as primeiras caravelas portuguesas e os primeiros foliões.
Com o passar do tempo e devido a insistentes protestos, o entrudo civilizou-se, adquiriu maior graça e leveza, substituindo as substâncias nitidamente grosseiras por outras menos comprometedoras, como os limões de cheiro (pequenas esferas de cera cheias de água perfumada) ou como os frascos de borracha ou bisnagas cheias de vinho, vinagre ou groselha.
Em se tratando de música, o entrudo não possuía um ritmo ou melodia que o simbolizasse. Apenas a partir da primeira metade do século XIX, com a chegada dos bailes de máscaras europeus, foi que houve um desenvolvimento musical mais parecido com o que temos atualmente.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Curso de atualização!!!

Na próxima segunda-feira, estaremos num encontro, organizado pelo SINEPE-SC, lá no Centrosul. Estaremos discutindo sobre o tema Avaliação, algo deve ser mesmo repensado pelos nossos professores. Será muito interessante pois receberemos nomes como Cloves Amorim, Lucília Panisset Travassos, José Manuel Moran e Mário Sérgio Cortella.
Prometo que posto no blog maiores detalhes depois!!!

Pinóquio as avessas...

Este texto de Rubem Alves trata de um problema crucial entre nós professores: ENSINAR O QUE O PROGRAMA MANDA, sem sequer termos consciência muitas vezes do quão relevante para esse aluno, para essa sociedade atual é tal conteúdo...
Quantos meninos, com sabedoria e criatividade, chegam nas escolas e são transformados em "bonecos de madeira"...Todos igualmente formatados para um fim em si mesmo: o Vestibular!!!
O pior de tudo é que muitas vezes, fingimos que ensinamos e nosso BOM aluno finge que aprende... Sim, bom aluno, porque os poucos que sobrevivem a maioria das escolas por aí são, pelo sistema, chamados de bons. Os demsis não se enquadram ao "método de ensino" ou, detectados por nós mesmos a fim de diminuir nossa responsabilidade, como portadores de "Défcit de atenção" ou malandros mesmo, acabam por serem excluídos do ambiente educacional.
O que mais me entristece, é saber que atualmente existem muitos meios de melhorar o serviço que nós, professores, prestamos. Porém, sempre criamos um entrave: salário baixo, não vou sacrificar mais horários para estudo, isso é besteira...E assim vamos fugindo do que nos é inteiramente DEVER: Fazer bem aquilo que nos propomos!
Por isso, queridos colegas que ainda querem fazer a diferença (como minha querida amiga e companheira Fabíola), não desistam de seu trabalho...Valorizem o seu fazer pedagógico, pois hoje pode ser que não percebas o quanto melhoraste a vida desse aluno, mas certamente, num futuro muito próximo, estará nítido o resultado do teu esforço!!!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Produção de texto

Um texto é a unidade comunicativa por excelência, seja ele escrito ou falado. É pelos textos que se dá a comunicação entre as pessoas. Além de comunicar são também uma forma de interagir com os outros, ou seja, promove a socialização. Portanto, o texto é uma unidade lingüística interativa por excelência, pois é por meio de textos que interagimos social e culturalmente.
A produção escrita é uma decisão do aluno, contudo, ele deve ser motivado a produzir, determinando um objetivo, num determinado contexto. A escrita na escola ou fora dela, deve servir a um objetivo, ter uma função e dirigir-se a algum leitor.
Uma palavra qualquer, um nome próprio podem ser um texto, se forem usados numa determinada situação para produzir um sentido. Assim, as crianças que iniciam sua escolarização podem produzir textos escritos desde os primeiros dias de aula. Tudo depende de os exercícios de escrita estarem vinculados a situações de uso em que eles façam sentido, tenham razão de ser e obedeçam a determinadas regras.
Quando os alunos se envolvem na produção, individual ou coletiva, tendo em mente qual é o objetivo da escrita, quem vai ler o texto, em que situação será lido, com certeza terão mais cuidado ao escrever, dedicarão atenção especial à grafia das palavras.
Outro ponto importante é o planejamento antes de escrever, considerando o tema e seus desdobramentos, para tanto, é necessário que o texto tenha coerência, ou seja, tenha uma organização do conteúdo de modo que pareça “lógico” para o leitor, bem encadeado e sem contradições.
É possível começar a aprender a planejar o texto que se vai escrever, cuidando da escolha do tema e da seleção e encadeamento das idéias em que ele vai se desdobrar antes mesmo de saber escrever ou ter domínio da ortografia. Essa capacidade pode ser desenvolvida na produção coletiva de diversos gêneros, com textos curtos ou longos.

.OBS: Explore a oralidade dos alunos como base de uma produção de escrita.

CARNAVAL!!!

Uma escola do barulho

Era uma vez uma escola muito engraçada.
Uma escola de samba, com um palhaço e uma baiana pintados na entrada.
Tinha lição de casa, prova e chamada oral. E a matéria... claro, era só carnaval.
Nas aulas de artes nem precisava de papel. A pintura se fazia no rosto mesmo!
Na aula de história, todo mundo aprendia sobre a Guerra do Confete, sobre a eleição do Rei Momo, sobre a invenção da cuíca... o descobrimento do Morro da Mangueira...
Na aula de matemática:
- Quantos são no trio elétrico?
- Três, professora!
- Muito bem!
Na aula de português:
- Qual é o feminino de Mestre-Sala?
- Fácil... é Porta-Bandeira!
Na aula de música:
- Oô! Oô! Oô!
No boletim, vinha escrito o Samba de Uma Nota só.
E quem fosse mal, aí não tinha outro jeito: levava uma semana de folia.
E tinha que ser lá na Bahia!

criado por Evelyn Heine.

Quem sou eu

Minha foto
Uma professora apaixonada pelo ato de aprender e ensinar!!! Amo o que eu faço e procuro ampliar cada dia mais minhas aptidões,assim posso fazer melhor o que me proponho a fazer: Ensinar de verdade!!!